O ex-diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Fernando Mendes, acaba de integrar-se à farmacêutica União Química. Sua contratação consiste em liderar a fabricação da vacina russa Sputnik V contra a Covid-19 em solo brasileiro, conforme divulgou o portal G1.
A chegada de Mendes à União Química se dá seis meses após seu desligamento da Anvisa, onde atuou de 2015 a março de 2020. Esse período de quarentena é previsto na lei nacional para que diretores da entidade possam atuar em empresas privadas.
No cargo de diretor de Relações Institucionais da farmacêutica, ele conduzirá as negociações da companhia para a produção e a venda da Sputnik ao Governo Federal. Por aqui, o Ministério da Saúde já anunciou que deseja efetuar a compra de 10 milhões de doses do imunizante, desde que ele esteja aprovado pela Anvisa.
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Em sua saída da entidade nacional, Mendes pontuou que sentiria saudades, mas compreende as mudanças, e deixou uma mensagem para que os seus ex-companheiros “mantenham-se firmes no propósito de aumentar o acesso da população brasileira a serviços e produtos eficazes, seguros e de qualidade”, desejou.
Entretanto, mesmo após o seu desligamento, segundo informações apuradas pela TV Globo, Mendes continuava a frequentar a Anvisa, inclusive, circulando com membros da atual direção.
Posicionamentos
Questionada pela TV Globo sobre a contratação de Mendes, e em como sua influência poderia pesar na aprovação da Sputnik no Brasil, a União Química não quis se pronunciar.
A farmacêutica limitou-se a dizer que não comenta sobre as contratações da área de Recursos Humanos da companhia. A mesma negativa também veio do diretor, que declarou não poder falar sobre o assunto.
Quanto à Anvisa, a entidade, por meio de uma nota, declarou que Mendes frequentava apenas espaços voltados ao RH, resolvendo questões referentes ao seu desligamento.
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