O grupo Roche encerrou 2020 com lucro líquido 1,5% maior, alcançando SFr 14,3 bilhões [francos suíços] (R$ 85,08 bilhões), pouco mais do que os SFr 14,11 bilhões (R$ 83,95 bilhões) obtidos no ano anterior, revelaram a Dow Jones Newswires e o Valor. Tal crescimento foi atribuído pela empresa a baixas contábeis realizadas.
Em que pese o resultado positivo dos lucros, a empresa viu sua receita líquida reduzir em 5% no ano passado, para SFr 58,47 bilhões (R$ 347,89 bilhões). De acordo com analistas, a pandemia da Covid-19 impactou no setor farmacêutico, principalmente devido à falta de consultas médicas eletivas.
De acordo com a Roche, o lucro operacional principal atingiu no ano passado SFr 21,54 bilhões (R$ 128,16 bilhões), em comparação com SFr 22,48 bilhões (R$ 133,76 bilhões) do exercício anterior. Diluído, o lucro básico foi de SFr 19,16 por ação (R$ 114), em comparação com os SFr 20,16 (R$ 120) de 2019.
Segundo a Roche, as vendas na divisão farmacêutica foram atingidas pela competição mais forte do que o esperado de biossimilares, que gerou uma redução nas vendas de SFr 5,1 bilhões (R$ 29,75 bilhões) nos Estados Unidos, Europa e Japão.
Para 2021, a companhia projeta que as vendas cresçam na faixa de 4% a 6%, apesar do impacto dos biossimilares. Espera-se que os principais ganhos por ação cresçam em linha com as vendas a taxas de câmbio constantes.
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Essa projeção da Roche de alta das vendas e lucro é moderada, com o consenso atual acima das previsões da empresa, afirmou o banco de investimentos Jefferies em relatório. Tal projeção sugere potenciais revisões em baixa dos lucros entre 5% e 7%.
Esse mesmo relatório do Jefferies apontou que as projeções da Roche para 2021 assumem uma queda nas vendas de biossimilares mais acentuada que o esperado. Isso, juntamente com a incerteza sobre as dinâmicas da oncologia e do fármaco para a esclerose múltipla Ocrevus, que pode levar a empresa a definir metas mais conservadoras.
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