O laboratório italiano Chiesi anunciou que se tornou o primeiro do setor no Brasil a receber o Certificado Antissuborno ISO 37001, que visa apoiar organizações no combate ao suborno, revelou informe da empresa publicado na revista Exame.
Único certificado com reconhecimento internacional para um programa de compliance, a norma ISO 37001 visa ajudar as organizações a estabelecer e melhorar seus programas de boas práticas globais contra suborno e corrupção, por meio de suporte da alta liderança, controles internos, treinamentos, avaliações de risco e monitoramento de fornecedores.
Tudo isso para permitir que as companhias mantenham uma cultura de integridade, transparência e ética. “Abrir as portas da nossa organização para uma avaliação externa independente e receber esse certificado demonstra que estamos preparados e alinhados com a estratégia de crescimento ético e sustentável da companhia”, afirmou no comunicado o diretor-geral da Chiesi no Brasil, Rodrigo Lorca.
Sediada em Parma, na Itália, e com fábrica também no Brasil, em Santana de Parnaíba (SP), a Chiesi revela que adotou algumas medidas para receber a certificação, como fortalecer o relacionamento com fornecedores e reavaliar quais transações e comportamentos deveriam ser permitidos e esperados dos colaboradores. “Os pontos da norma foram formalizados para que todos tivessem acesso a essa documentação”, conta Lorca.
A norma ISO 37001 vem sendo adotada em diversos países, tornando-se referência nas grandes companhias. De acordo com o laboratório italiano, após um minucioso trabalho, a auditoria foi capaz de atestar a consistência entre os documentos apresentados pela Chiesi e a prática no seu dia a dia.
“O engajamento e a conscientização de cada colaborador são essenciais, porque no final do dia a empresa é formada por pessoas. Quando investimos em prevenção, beneficiamos não só a companhia, mas também toda a sociedade, pois o trabalho interno de disseminação da ética e da integridade é sempre compartilhado e praticado fora da empresa”, afirmou no texto a gerente de compliance da Chiesi, Larissa Ferreira.
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Nos últimos anos, a companhia revela ter obtido outras certificações voltadas à gestão responsável, como o de Empresa Pró-Ética em 2016 e 2017, emitido pelo Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), e, em 2019, o de Empresa B-Corp, apoiadora dos objetivos sustentáveis da ONU, que contempla o trabalho para redução de corrupção e suborno em todas as suas formas.
“O mercado farmacêutico tem uma grande responsabilidade, uma vez que os recursos são limitados para atender às necessidades de saúde da população de um país com dimensões continentais, como o Brasil. É essencial que os investimentos sejam empregados de forma a atender aos interesses dos pacientes”, salientou o diretor-geral da Chiesi no Brasil.
Segundo dados do Ministério Público Federal destacados no informe da Chiesi, o Brasil tem perdas em receita anual estimadas em R$ 200 bilhões devido a atos de corrupção, incluindo práticas de suborno.
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