A indústria farmacêutica Sanofi está sendo acusada de homicídio culposo, segundo informação amplamente divulgada na imprensa, nesta terça-feira (04/08). A história ganhou repercussão após o Tribunal de Justiça de Paris, na França, começar a investigar o caso que envolve o medicamento Depakine, usado contra a epilepsia, depois de receber uma denúncia da Associação de Pais de Crianças que Sofrem da Síndrome do Anticonvulsivante (Apesac), que representa cerca de quatro mil pessoas.
Desde janeiro de 2020, a empresa já era investigada por “fraude grave" e "lesões involuntárias" pelo escândalo do Depakine, de acordo com informação publicada no UOL, por meio da agência francesa AFP. As denúncias envolvem 14 mães que fizeram uso do medicamento durante a gravidez.
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O produto é comercializado desde 1967 com a marca Depakine pela Sanofi, mas também é vendido por outras empresas com marcas genéricas. Normalmente, o medicamento é prescrito para pacientes que sofrem de transtornos bipolares, contudo, seu consumo representa risco de malformações congênitas, caso a mãe faça uso da substância durante o período de gestação.
Posicionamento da Sanofi
Após a repercussão do caso, a Sanofi teria confirmado à AFP que além das denúncias de janeiro deste ano também está sendo investigada por homicídio culposo, a informação foi divulgada por meio do jornal francês Le Monde.
"O laboratório recorreu à câmara de investigação para apelar de sua acusação. O conjunto dos elementos não demonstra a responsabilidade do laboratório em nada", destacou a companhia em nota divulgada à imprensa.
Ainda de acordo com as informações divulgadas, a justiça da França reconheceu, em julho de 2020, a responsabilidade do Estado daquele país, dos médicos e da Sanofi pelos danos causados aos pacientes pelo medicamento Depakine. Por isso, condenou os envolvidos a indenizar as famílias das crianças com deficiência em decorrência dos acontecimentos.
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