Como uma das metas, a subdivisão da indústria farmacêutica Boehringer Ingelheim no Brasil tem como objetivo chegar ao quinto lugar em faturamento em todo o mundo. Atualmente, a subsidiária que atua em território nacional cresceu e se tornou a nona maior operação do laboratório, que atua em outros países.
Segundo o presidente da companhia, Marc Hasson, quando ele assumiu a empresa, em 2018, a Boehringer ocupava o décimo lugar. “O Brasil está cada vez mais presente nos planos de pesquisa da companhia. Essa é uma das bandeiras que estou levantando. Já somos, dentro dos mercados emergentes, o segundo país mais relevante, perdendo apenas para a China. Não era assim dois atrás”, destacou, em entrevista publicada por meio do portal Valor Econômico.
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De acordo com levantamento divulgado pelo IQVIA, em 2019, a empresa farmacêutica obteve 2,2% de participação no mercado em território nacional, com 47,18 milhões de unidades. Quando o executivo chegou à presidência da Boehringer no Brasil, a participação de mercado registrava 1,8%.
Pandemia pode atrapalhar
Apesar das boas expectativas, Hasson destaca que a pandemia ocasionada pelo novo coronavírus (Covid-19) pode atrapalhar. “O nosso objetivo de sermos o quinto maior mercado em 2025 pode ser afetado um pouco pela pandemia e pela situação econômica do País. Se não ocorresse a desvalorização cambial, como essa de agora, estaríamos dentro do planejamento para 2020. Nossa capacidade de chegar lá depende muito de como o real vai se recuperar e como as consequências econômicas pós-pandemia serão superadas”, pontua.
De acordo com Hasson, nos primeiros meses, com a escalada cambial, a empresa começou a consumir margem para manter a operação em níveis estáveis no País. “Os insumos que compramos, em meio a desvalorização cambial, aumentaram muito, além dos custos de produção e comercialização. Estamos ajustando as despesas de operação e consumindo margem. Contudo, não fizemos redução de salário e jornada ou suspendemos os contratos. Implantamos um gerenciamento mais cuidadoso das despesas”, explicou ao jornal.
Corrida pela vacina
Outra novidade em relação à Boehringer é que empresa também entrou na corrida para desenvolver uma vacina eficaz na prevenção da Covid-19. Contudo, Hasson enfatiza que essa não é uma das prioridades para a companhia.
“Mesmo não tendo como foco doenças infecciosas, a Boehringer está pesquisando uma vacina e desenvolvendo um tratamento contra a Covid-19, além de um mecanismo de diagnostico. A companhia realocou recursos para essa emergência sanitária, contou ao Valor.
Ele complementa: “Não era o nosso foco inicial e existem vários tipos de vacina que estão sendo pesquisados. Mas, nossas pesquisas não saem de 2021. Ainda não definimos quais os países que devem participar dessa iniciativa, mas o Brasil está cada vez mais presente nos planos de pesquisa da Boehringer”, finalizou.
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