Com a corrida que vive o Amazonas para evitar um colapso na saúde com a pandemia, a prefeitura de Manaus está recorrendo a farmacêuticos e outros recém-formados em saúde para reforçar o atendimento da rede municipal. Maior parte de novos profissionais deve atuar no hospital de campanha da capital.
No total, 108 recém-formados da saúde pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA) estão sendo incorporados à rede municipal de Manaus. Entre eles, estão 16 farmacêuticos, 17 enfermeiros e 75 médicos, que tiveram a formatura antecipada para poder atuar no combate à Covid-19.
Boa parte dos novos profissionais irá atuar no hospital municipal de campanha de Manaus Gilberto Novaes, que fica na Zona Norte da capital e foi construído de forma emergencial para receber pacientes infectados com o novo coronavírus. Outros devem ser encaminhados para atuação em 14 unidades básicas preferenciais e demais serviços de saúde do município que, segundo a prefeitura, “estão atuando na situação de emergência”, segundo informou o G1.
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Em nota, a prefeitura esclareceu que profissionais de saúde serão absorvidos na Escola de Saúde Pública (Esap) para aderir ao Programa Mais Saúde Manaus (Promais), da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). Dos 108 acadêmicos, 57 já haviam aderido ao Promais e outros 25 estão com a adesão agendada.
“Esses profissionais farão parte, na qualidade de bolsistas, do projeto de Extensão em Serviços de Saúde, com participação no curso de Aperfeiçoamento em Saúde, envolvendo, ainda, imersão nos serviços pelo período de seis meses, com atuação efetiva no enfrentamento do novo coronavírus, causador da Covid-19”, destacou ao G1 o secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi.
Desde o anúncio da pandemia, mais de 400 profissionais de saúde foram convocados em processo seletivo da prefeitura para assinar contrato temporário de seis meses e atuar na linha de frente do combate à Covid-19.
Amazonas perto do colapso
Até a última quinta-feira (23/4), o Amazonas registrou mais de 2,8 mil casos confirmados de Covid-19, conforme boletim divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM). Também foram confirmados mais 28 óbitos pela doença, elevando para 234 o total de mortes.
O Amazonas é o Estado que está mais perto de um colapso na saúde com a pandemia. Segundo o governo estadual, quase todos os leitos de UTI para pacientes de Covid-19 estão ocupados. Em Manaus, pacientes tiveram que passar a madrugada dentro de ambulâncias à espera de leitos em hospitais da rede pública de saúde, segundo o coordenador geral do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) informou ao G1.
Com o aumento das mortes, contêineres frigoríficos foram instalados em unidades hospitalares de Manaus para comportar os corpos. A medida foi tomada diante da repercussão de um vídeo que mostra corpos com suspeita de Covid-19 posicionados ao lado de pacientes internados no Hospital João Lúcio.
Ao todo, o Amazonas possui 6.710 leitos, entre a rede pública e privada. O governo do Amazonas admitiu, segundo o G1, que o sistema de saúde do estado já apresentava insuficiência da capacidade de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) antes da pandemia da Covid-19.
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