Quase 90 pessoas morr3m por uso de fentanil

A Argentina tem enfrentado uma tragédia de saúde: até agora, 87 mortes foram reconhecidas pela Justiça como associados à administração de fentanil contaminado em centros de saúde de vários distritos — número que pode aumentar se muitos outros casos sob investigação forem confirmados. Opioide sintético até 50 vezes mais potente que a heroína, o fentanil é muito procurado pelo narcotráfico, causando estragos em vários países — incluindo os Estados Unidos.

Nesta quarta-feira, a Câmara dos Deputados aprovou um pedido de informações sobre os graves problemas relacionados ao fentanil adulterado, relatados desde abril do ano passado, quando ocorreu um surto de doenças respiratórias no Hospital Italiano de La Plata. Uma investigação interna no centro de saúde revelou vestígios de bactérias nas ampolas de fentanil que vários pacientes receberam.

Durante a reunião da Comissão de Saúde realizada na Câmara dos Deputados, foi aprovado um parecer unificado com 26 perguntas ao Poder Executivo para apurar responsabilidades, falhas de fiscalização e quais providências foram tomadas em relação a esse problema pelas autoridades dos distritos onde ocorreram as mortes.

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O pedido de informações será encaminhado diretamente ao Executivo, sem necessidade de passar pela Câmara, decisão que contraria a vontade da bancada kirchnerista que, na semana passada, decidiu encerrar a sessão em que a deputada do Pro (Proposta Republicana), Silvana Giudici, solicitava que o pedido fosse votado pelo Executivo e se instaurasse uma comissão de inquérito.

— Apresentamos o projeto de lei quando havia 30 mortes e hoje soubemos que agora são 90. O caso precisa ser agilizado — disse Giudici durante uma entrevista coletiva antes da reunião da comissão, na qual foram consolidados projetos de lei apresentados no mesmo sentido pelo Pro, Partido Socialista e UCR (União Cívica Radical) e União pela Pátria.

Cadeia de produção
Pablo Yedlin, presidente do órgão parlamentar, opinou que este seria "o pior caso de intoxicação por drogas desde que foi criada a Anmat (Agência Nacional de Prevenção de Infecções por Medicamentos)". Yedlin questionou se houve solicitações anteriores ao laboratório, quando a contaminação de um dos lotes do medicamento foi conhecida, quando a anomalia foi relatada e em que momento a produção foi descontinuada.

A deputada, por sua vez, concentrou-se em determinar a cadeia de produção e comercialização do fentanil pela companhia farmacêutica HLB Pharma e seu laboratório, Ramallo, a rastreabilidade do medicamento dentro do sistema de saúde, a atuação de órgãos de controle como a Anmat e a possível cumplicidade ou negligência de funcionários e ex-funcionários públicos dos distritos que adquiriram esses insumos sem os controles necessários.

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No texto de seu projeto, afirma-se que "diversas fontes, cuja veracidade foi ratificada por múltiplas incursões e ações oficiais posteriores a 2024, revelam que a HLB Pharma foi adquirida em 2017 por Ariel García Furfaro (empresário vinculado a estruturas políticas do governo anterior, de Alberto Fernández, cuja vice era Cristina Kirchner) e que esta firma teria mantido aparentes vínculos com funcionários públicos, alguns atualmente em exercício".

Esta semana, antes da reunião da comissão, as famílias dos falecidos se reuniram com um grupo de representantes nacionais para expressar sua angústia, seu sentimento de abandono e sua demanda por justiça.

Ao sair da reunião, o irmão de Leonel Ayala — um jovem de Florencio Varela que morreu no Hospital Italiano de La Plata — declarou que "esta é uma crise sanitária, uma emergência e uma catástrofe, produto de dois laboratórios que criaram um desastre nacional. As coisas ainda não estão claras".

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