Dia Mundial da Saúde destaca a importância do farmacêutico na saúde pública

Em 7 de abril, celebra-se o Dia Mundial da Saúde, uma data que convida à reflexão sobre os desafios e avanços no campo da saúde global. Entre os profissionais que desempenham um papel crucial nesse cenário, os farmacêuticos se destacam por sua contribuição essencial na promoção do bem-estar e na prevenção de doenças.

Os farmacêuticos são profissionais de saúde altamente qualificados, responsáveis por garantir o uso seguro e eficaz dos medicamentos. Além de atuarem na dispensação, eles desempenham funções fundamentais na orientação dos pacientes, monitoramento de terapias e na promoção da adesão aos tratamentos. Sua presença é vital em diversos setores, desde hospitais e clínicas até farmácias comunitárias e indústria farmacêutica.

A atuação do farmacêutico é essencial em diversos ambientes estratégicos para o sistema de saúde. Destacam-se:

  • Hospitais: participam de comissões de farmacoterapia, gerenciam estoques e garantem a segurança na administração de medicamentos;
  • Unidades Básicas de Saúde (UBSs): oferecem atendimento clínico, promovem o uso racional de medicamentos e integram equipes multiprofissionais;
  • Farmácias comunitárias: estão na linha de frente do atendimento à população, muitas vezes sendo o primeiro contato do paciente com um profissional de saúde;
  • Laboratórios de análises clínicas: realizam exames que auxiliam no diagnóstico e monitoramento de doenças;
  • Indústria farmacêutica e cosmética: atuam na pesquisa, desenvolvimento, controle de qualidade e produção de medicamentos e produtos para a saúde;
  • Vigilância sanitária: exercem papel técnico na regulação e fiscalização de estabelecimentos e produtos;
  • Centros de Farmacovigilância: monitoram efeitos adversos e garantem a segurança do uso de medicamentos no mercado.

De acordo com o Conselho Federal de Farmácia (CFF), a atuação clínica do farmacêutico inclui a prescrição de medicamentos isentos de prescrição médica, cuja prática permite que o profissional contribua diretamente para a ampliação do acesso aos cuidados de saúde, especialmente em comunidades com recursos médicos limitados.

Contribuições para a qualidade da saúde da população

O fato é que a atuação dos farmacêuticos vai além da simples entrega de medicamentos. Eles são peças-chave na educação em saúde, fornecendo informações valiosas sobre o uso correto dos fármacos, possíveis efeitos colaterais e interações medicamentosas. Essa orientação é essencial para prevenir complicações e garantir a eficácia dos tratamentos.

Além disso, os farmacêuticos desempenham um papel importante na monitorização da farmacoterapia prescrita, estando capacitados para avaliar aspectos relacionados aos medicamentos e garantindo, assim, a segurança do paciente.

Vale lembrar que a automedicação é um problema de saúde pública que causa consequências sérias para a saúde da população, e pode ser evitada com a intervenção farmacêutica.

Pesquisa sobre Automedicação, realizada em março de 2024, pelo ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico mostrou que, entre os brasileiros com 16 anos de idade ou mais, 86% declaram praticar algum tipo de automedicação sem consulta médica em 2024, numa oscilação de 3 pontos percentuais a menos em relação à pesquisa realizada em 2022.

Desafios e controvérsias: a prescrição farmacêutica e a atuação do CFM

Apesar das contribuições significativas dos farmacêuticos, existem desafios e controvérsias em relação à sua atuação, especialmente no que tange à prescrição de medicamentos. Em fevereiro de 2025, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) publicou a Resolução 5/2025, que permitia aos farmacêuticos prescrever medicamentos tarjados. Essa medida visava ampliar o acesso da população a tratamentos eficazes, especialmente em áreas com escassez de profissionais de saúde.

No entanto, o Conselho Federal de Medicina (CFM) contestou a resolução, argumentando que ela invadia atribuições exclusivas da medicina. Em 31 de março de 2025, a Justiça Federal do Distrito Federal atendeu ao pedido do CFM e suspendeu os efeitos da Resolução 5/2025, determinando que o CFF se abstivesse de expedir novos atos normativos com matéria semelhante.

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Essa decisão gerou debates acalorados entre as entidades representativas das duas profissões. O CFF defendeu que a prescrição farmacêutica é uma prática reconhecida internacionalmente e que a resolução visava aprimorar os instrumentos normativos para fiscalização e garantir maior segurança para pacientes e profissionais.

Assim, diante da suspensão provisória da Resolução 5/2025, CFF anunciou interposição de recursos e avança com projeto de lei no Congresso Nacional, destacando reconhecimento público da atuação farmacêutica.

Erros médicos e prescrições ilegíveis: atuação farmacêutica

Erros médicos, incluindo prescrições ilegíveis, representam um problema significativo na área da saúde. Um estudo realizado em um hospital de alta complexidade no Chile indicou que aproximadamente 72,1% das prescrições médicas apresentaram algum tipo de erro, como dose incorreta, problemas de legibilidade ou forma farmacêutica inadequada.

No Brasil, de acordo com a Anvisa estabelece que não podem ser dispensados medicamentos cujas receitas estiverem ilegíveis ou que possam induzir a erro ou confusão. Essa medida visa minimizar os riscos associados a erros de medicação, nos quais os farmacêuticos desempenham um papel fundamental ao identificar e corrigir possíveis equívocos antes que afetem os pacientes.

Nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), a situação é ainda mais alarmante. Um estudo publicado na Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (RBFHSS) revelou que erros na prescrição e administração de antibióticos não apenas comprometem a recuperação dos pacientes, mas também aceleram a resistência microbiana – um desafio global de saúde pública.

Já nas farmácias comunitárias, a falta de conformidade com as exigências legais é generalizada: nenhuma das prescrições analisadas em uma pesquisa da Revista Saúde Coletiva cumpria integralmente as normativas vigentes.

Diante desse cenário, especialistas defendem que a participação ativa do farmacêutico na revisão de prescrições é essencial para reduzir riscos.

No Dia Mundial da Saúde, é imperativo reconhecer e valorizar o papel dos farmacêuticos na promoção da saúde e na prevenção de doenças. Seja na orientação sobre o uso correto de medicamentos, na prescrição responsável ou na identificação de erros potenciais, esses profissionais são indispensáveis para a qualidade e segurança dos cuidados de saúde. Diante dos desafios e controvérsias, é essencial promover a colaboração interprofissional, sempre com o objetivo maior de atender às necessidades e garantir o bem-estar da população.

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