Em 27 de julho de 1921, Frederick Banting e Charles Best, dois cientistas canadenses da Universidade de Toronto (Canadá), desenvolveram uma das maiores conquistas da medicina: a insulina.
A descoberta possibilitou o começo do controle da diabetes, doença que, até então, era mortal. Segundo o Olhar Digital, naquela época, os cientistas realizaram uma série de experimentos a partir do isolamento da secreção interna pancreática até conseguirem, pela primeira vez, estratificar a insulina, hormônio capaz de controlar os níveis de açúcar no sangue, acelerando o processo de recuperação dos pacientes com diabetes.
Dois anos mais tarde, em 1923, os pesquisadores receberam o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia em vista da descoberta da insulina.
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O primeiro medicamento à base de insulina disponível em larga escala foi o Illetin, da farmacêutica Eli Lilly, que surgiu pouco tempo depois da pesquisa dos canadenses. Meses depois, o laboratório dinamarquês, que hoje recebe o nome de Novo Nordisk, também iniciou a produção comercial da insulina.
Porém, na prática, a insulina comercial desencadeava quadros alérgicos, lipodistrofias (lesões no tecido subcutâneo) e resistência dos pacientes, sugerindo a necessidade de evolução do medicamento.
Conforme o tempo foi passando, isso foi resolvido, pois a ciência foi evoluindo e a insulina foi incrementada, melhorada, ganhando diversas opções disponíveis no mercado, com variações de efeito rápido, prolongado ou ultrarrápido.
Além disso, hoje, o paciente ainda pode escolher as diferentes formas de aplicar a insulina, seja por seringas, canetas, agulhas pequenas e finas ou ainda com bombas.
Incidência de pacientes com diabetes
O impacto da importância da insulina se vê nos dados atuais e nas expectativas futuras. Pois, passados 100 anos, o medicamento contribui como uma forma eficaz de controle da diabetes e gera mais qualidade de vida para os pacientes.
Atualmente, há cerca de 463 milhões de adultos que sofrem com a doença em todo o mundo (dados da 9ª edição do Atlas de Diabetes da Federação Internacional de Diabetes – IDF, sigla em inglês). Além disso, o relatório estima que em 2030 esse número pode saltar para 578 milhões e para 700 milhões em 2045.
Já em cenário nacional, segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes, o Brasil é o 5º país em termos de incidência de diabetes, perde apenas para China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. Há cerca de 16,8 milhões de brasileiros com a doença, ou seja, 7% da sua população.
Para o futuro, os dados da IDF sinalizam que, em 2030, haverá em torno de 21,5 milhões de brasileiros com diabetes.
Assistência do farmacêutico a pacientes com diabetes
Em vista da alta incidência de diabetes no Brasil, o farmacêutico clínico e professor da Pós-graduação em Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, André Schmidt, lembra a importância do profissional ter o conhecimento específico sobre a doença para conseguir identificar novos casos, dar a devida orientação e contribuir com o tratamento dos pacientes.
“O farmacêutico deve ter o entendimento sobre a patologia do paciente no atendimento. Saber quais são os medicamentos que ele faz uso diário e esporádico, orientá-lo sobre horários de uso do medicamento e sugerir e encaminhar o paciente para consulta médica, se for necessário”, defendeu.
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