Um recente estudo internacional publicado na revista científica The Lancet constatou que pacientes vacinados ou que já tiveram Covid-19 não ficam imunes às variantes do novo coronavírus, pois elas têm potencial para escapar dos anticorpos neutralizantes que são gerados pelo sistema imunológico.
Segundo a Agência Brasil, o novo artigo foi divulgado em 09 de julho e contou com a participação de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP). No estudo, os cientistas revelaram um mecanismo capaz de explicar as razões que culminam nos casos de reinfecções de Covid-19.
Com o surgimento do COVID-19, muitos atletas tiveram que treinar para este momento de forma isolada. Mas eles sempre estiveram conectados por sua esperança e paixão compartilhada.Gamma, conhecida como P.1, originada no Brasil, consegue escapar dos anticorpos de quem já teve a doença. Os cientistas destacam que esses resultados foram obtidos nos testes in vitro, ou seja, em laboratório. Além disso, o estudo não inclui outros tipos de resposta imune do organismo, como imunidade celular.
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De toda forma, os resultados iniciais já servem de alerta para a população, conforme o primeiro autor do artigo, William Marciel de Souza, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, aponta:
“É fundamental entender que pessoas infectadas podem ser infectadas novamente”.
Estudo alerta possibilidade de infecção a vacinados
Além da possibilidade de reinfecção, o estudo também alertou que pessoas que já receberam imunização contra a Covid-19 também podem ficar vulneráveis às mutações.
A contestação disso se deu porque para desenvolver a pesquisa, foram analisadas amostras do plasma de pacientes que tiveram a doença e de pessoas imunizadas pela vacina CoronaVac. Assim, o pesquisador reforça que é importante que haja a continuidade das medidas de prevenção contra a Covid-19.
“A pesquisa mostra que pessoas que foram vacinadas ainda estão suscetíveis à infecção, se você tomou a vacina continue usando máscara, continue com distanciamento social, continue usando as medidas de higiene para evitar a transmissão para outras pessoas”, reforçou Souza.
Ainda no que se refere à vacina, o cientista destacou que os estudos clínicos mostram a eficiência da CoronaVac contra formas graves da doença, reduzindo internações e mortes. “A vacina não é contra infecção, infecção pode acontecer a qualquer momento, com qualquer vacina, o objetivo da vacina é contra a doença, a forma grave, da pessoa morrer, ter sequelas graves.”
Proteção contra novas variantes
O farmacêutico e professor da pós de Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica do ICTQ - Instituo de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Thiago de Melo, em recente entrevista à equipe de jornalismo do ICTQ, endossou que a ação mais eficaz para impedir a propagação das mutações do novo coronavírus é seguir com rigor todas as medidas de proteção contra a Covi-19.
Segundo ele, pensando de forma coletiva, com essas iniciativas é possível desafogar os sistemas de saúde, que ainda se encontram colapsados em muitas regiões do País.
“Com menos Sars-CoV-2 circulantes, o impacto sobre as novas variantes mutantes também pode ser suavizado, afinal, com menos ‘casas’ para o vírus morar, menos chance de ele trocar seus códigos", disse ele.
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