Vacina contra HIV: Oxford inicia testes clínicos

Vacina contra HIV: Oxford inicia testes clínicos

A Universidade de Oxford, no Reino Unido, iniciou nesta semana os ensaios clínicos para avaliar a segurança, tolerabilidade e imunogenicidade da nova vacina HIVconsvX contra o vírus HIV, revelaram os sites Olhar Digital e Canaltech.

De acordo com os pesquisadores, a vacina HIVvonsvX tem como foco uma ampla gama de variantes do HIV-1, sendo potencialmente aplicável em diversas cepas de HIV. Diferentemente das demais vacinas que trabalham induzindo anticorpos gerados pelas células B, a HIVvonsvX induz produção de células T do sistema imunológico, que são naturalmente conhecidas por ‘atacarem’ agentes invasores.

Neste caso específico, essa atividade antiviral será direcionada para regiões altamente conservadas e, portanto, vulneráveis ​​do HIV. Dessa forma, espera-se que seja eficaz contra diferentes cepas.

O ensaio clínico – chamado HIV-CORE 0052 – faz parte da European Aids Vaccine Initiative (EAVI2020), um projeto colaborativo financiado pela Comissão Europeia. No teste, 13 adultos com idade entre 18 e 65, HIV-negativos e considerados sem alto risco de infecção, receberam duas doses do imunizante.

Conforme o principal autor da pesquisa, o professor de imunologia da Universidade de Oxford Tomáš Hanke, este é o primeiro estudo que, além de focar em pessoas que vivem com o HIV, também busca a prevenção de indivíduos HIV-negativo.

“Alcançar a proteção contra o HIV é extremamente desafiador e é importante que aproveitemos o potencial protetor dos braços de anticorpos e células T do sistema imunológico”, completou a pesquisadora-chefe do estudo, Paola Cicconi.

Atualmente, a prevenção ao HIV se concentra principalmente em intervenções comportamentais e biomédicas, como uso de preservativo e medicamentos antirretrovirais usados ​​antes ou após risco de infecção – a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a PEP (Profilaxia Pós-Exposição ao HIV).

Receba nossas notícias por e-mail: Cadastre aqui seu endereço eletrônico para receber nossas matérias diariamente

Tomáš Hanke ressaltou que mesmo com os métodos de prevenção atuais, a contaminação pela doença continua alta e afirmou que “uma vacina contra o HIV-1 continua sendo a melhor solução e provavelmente um componente-chave para qualquer estratégia que ponha fim à epidemia de AIDS”.

Segundo o Medical Xpress, os cientistas afirmaram que esperam obter relatórios completos do estudo para divulgação até abril de 2022. Caso a Fase 1 ocorra conforme o esperado, já há planos para iniciar testes da potencial vacina contra o HIV em outros países da Europa e da África, além dos Estados Unidos.

publicidade inserida(https://www.ictq.com.br/pos-graduacao)

Por que há décadas se espera uma vacina contra o HIV?

Enquanto a vacina contra o novo coronavírus surgiu em meses, mais de três décadas se passaram desde o surto do HIV, que já fez milhões de vítimas, e não se conseguiu até agora um imunizante eficaz contra ele. Qual o motivo para isso?

Segundo o farmacêutico e professor de pós-graduação em Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Thiago de Melo, existe uma explicação técnica para essa situação.

“No caso do HIV, nós estamos diante de um retrovírus que necessita de uma enzima chamada transcretais reversa para incorporar o seu genoma no DNA. Isso só se faz, na verdade, com o HIV. Fora a sua capacidade extrema de mutação, coisa que não é aplicável ao SARS-CoV-2, cuja mutação é muito limitada em relação ao vírus HIV”, explica o professor.

“Por isso nós temos uma certa facilidade em poder produzir um anticorpo com o alvo principal, que seria sobre a proteína S (Spike) do SARS-CoV-2, fazendo com que haja uma melhor eficácia com menos mudanças, se comparado a vários tipos de HIV, que nós presenciamos ao longo de mais de 30 anos”, completa Melo.

Participe também: Grupos de WhatsApp e Telegram para receber notícias farmacêuticas diariamente.

Obrigado por apoiar o jornalismo profissional

A missão da Agência de notícias do ICTQ é levar informação confiável e relevante para ajudar os leitores a compreender melhor o universo farmacêutico. O leitor tem acesso ilimitado às reportagens, artigos, fotos, vídeos e áudios publicados e produzidos, de forma independente, pela redação da Instituição. Sua reprodução é permitida, desde que citada a fonte. O ICTQ é o principal responsável pela especialização farmacêutica no Brasil. Muito obrigado por escolher a Instituição para se informar.

Veja mais materias sobre:

Farmacêutico, Farmácia Clínica, HIV

Telefones

Atendimento de segunda a quinta-feira das 08:00h às 18:00h e sexta-feira das 08:00h às 17:00h (Exceto Feriados).

Fale conosco

Sou aluno:

(62) 99433-0397

Quero me matricular:

CLIQUE AQUI

E-mail

faleconosco@ictq.com.br

Endereço

Escritório administrativo - Goiás

Rua Engenheiro Portela nº588 - Andar 5/6 - Centro - Anápolis/GO CEP

CEP: 75.023-085

ictq enfermagem e mec
 

Consulte aqui o cadastro da instituição no Sistema e-MEC

PÓS-GRADUAÇÃO - TURMAS ABERTAS