Após se tornar o principal suspeito de danificar doses da vacina contra o novo coronavírus (Covid-19) em um hospital de Wisconsin, nos Estados Unidos, o farmacêutico Steven Brandenburg assinou um acordo de confissão afirmando que agiu de propósito, quando retirou os 57 frascos do imunizante da Moderna do armazenamento refrigerado, pois, sabia que tornaria o medicamento inutilizável.
Ao todo, a ação do farmacêutico, que aconteceu em 22 e 25 de dezembro de 2020, destruiu 570 doses da vacina. "Brandenburg é investigado por duas acusações de tentativa de adulteração de produtos de consumo, com descuido imprudente pelo risco de outra pessoa ser colocada em perigo de morte ou lesão corporal. Ele concordou em se declarar culpado das acusações, que pode levar a uma pena máxima de dez anos de prisão", explicou o Departamento de Justiça de Wisconsin, em comunicado à imprensa, segundo matéria publicada na CNN.
Com base no ocorrido, autoridades americanas afirmam que deverão estabelecer novos critérios para fiscalizar esse tipo de crime. Segundo o procurador dos Estados Unidos, Matthew D. Krueger, o Departamento de Justiça investigará qualquer pessoa que cometa crimes relacionados à vacinação, especialmente, no caso de profissionais de saúde.
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Nesse sentido, o procurador-geral adjunto em exercício da Divisão Civil do Departamento de Justiça, Brian Boyton, afirmou que esse tipo de crime não será tolerado: "A adulteração de doses de vacina em meio a uma crise de saúde global exige uma resposta forte, conforme refletido pelas graves acusações que os Estados Unidos trouxeram hoje", destacou.
Pacientes vacinados
Vale ressaltar que, antes que o crime fosse descoberto, 57 pessoas receberam as doses ineficazes, segundo apontou o anúncio do Departamento de Justiça dos EUA. Contudo, ainda não há informações se esse grupo receberá novas doses.
Em relação aos riscos, a Moderna destacou que a aplicação não representa um risco à saúde dos pacientes que receberam o antígeno, contudo, essas pessoas não estão imunizadas contra a Covid-19.
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