A imprensa norte-americana identificou o farmacêutico preso sob suspeita de danificar doses de vacina contra a Covid-19 em um hospital de Wisconsin, nos Estados Unidos. O nome dele é Steven Brandenburg, de 46 anos, revelou a CNN. Porém, o motivo da sabotagem ainda é uma incógnita.
Detido no último dia de 2020 pela polícia, Brandenburg havia confirmado para a direção do Advocate Aurora Health Hospital, onde trabalhava na cidade de Grafton, ser o responsável por retirar e deixar propositalmente 57 frascos de vacina do laboratório Moderna fora do refrigerador. Cada frasco contém 10 doses, suficientes para vacinar mais de 550 pessoas. O hospital não quis comentar sobre o funcionário, mas disse em nota que ele foi demitido.
A polícia de Grafton começou a investigar o caso no dia 30/12 e apontou que o profissional sabia que estava adulterando as vacinas. Em comunicado à imprensa, as autoridades informaram que “o homem tinha conhecimento de que as vacinas danificadas seriam inúteis e que as pessoas que recebessem as doses pensariam que foram vacinadas contra o novo coronavírus, quando na verdade não foram”, conforme a CNN.
O farmacêutico foi detido pelos crimes de colocar em risco a segurança de maneira imprudente, adulterar um medicamento prescrito e danos criminais à propriedade. Nenhum valor de fiança foi listado. No momento da prisão, a polícia disse apenas que o suspeito detido era um homem branco de 46 anos.
A identificação foi feita posteriormente pela imprensa, após o cruzamento de dados do registro da prisão do Condado de Ozaukee, para onde Brandenburg foi levado, com informações do registro profissional do farmacêutico no site do Departamento de Segurança e Serviços Profissionais de Wisconsin. No site, o suspeito aparece com o registro de farmacêutico ativo.
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Nas redes sociais, usuários criaram uma hashtag com o nome do suspeito e pediram por uma investigação mais aprofundada, para verificar se é a primeira vez que o profissional de saúde teria adulterado medicamentos. Outras críticas na internet afirmam que o farmacêutico cometeu ‘ato terrorista’.
Em coletiva à imprensa, o presidente do Advocate Au
rora Health Hospital, Jeff Bahr, revelou que o farmacêutico afirmou ter tirado os 57 frascos da refrigeração nas noites entre a véspera e o dia do Natal.
No sábado (26/12), 57 pessoas receberam as doses adulteradas. Após constatar o período maior fora da geladeira, o hospital descartou as outras 500 doses e está monitorando os pacientes que foram vacinados com estas doses.
A vacina da Moderna pode ser mantida por até 12 horas fora de refrigeração antes de perder a eficácia. Segundo a empresa, as doses devem ser mantidas em refrigeração entre 2º C e 7º C. O laboratório informou ao hospital que as doses fora da geladeira são ineficazes contra a Covid-19, mas não trazem nenhum risco adicional ao paciente.
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