A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) está em busca de voluntários em território nacional para testar uma vacina contra o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Intitulado Mosaico, o estudo, que teve início há cinco anos, está sendo desenvolvido em parceria com instituições de diversos países.
Essa pesquisa já foi aprovada pela fase pré-clínica, animal, e fases 1 e 2 de testes em humanos, por isso está procurando os voluntários para a fase 3, que testará a eficácia do antígeno. Já a tecnologia utilizada na vacina em desenvolvimento é a de vetor, pois, são injetadas informações genéticas de proteínas do HIV dentro de um outro vírus, que não apresenta riscos aos seres humanos.
Nesse sentido, quando a pessoa recebe o imunizante, o vírus chega ao organismo e se multiplica, trazendo ao corpo as proteínas que foram injetadas em seu material genético. Caso a eficácia da vacina seja comprovada, o paciente vacinado conseguirá produzir uma resposta imune contra proteínas do vírus inofensivo, além de contra o HIV, mesmo sem nunca ter sido exposto à infecção.
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Por meio do portal da USP, o professor da instituição e infectologista do Hospital das Clínicas (HC), Ricardo Vasconcelos, comenta que essa vacina, que está sendo produzida, já apresentou redução de 70% das chances de se contrair o HIV após testes em macacos.
Ainda segundo informações divulgadas no portal da Universidade, testes feitos em seres humanos com essa vacina indicaram também que, assim como nos macacos, os voluntários produziram anticorpos de imunidade, mas ainda resta saber se são eficazes em proteger contra a infecção do HIV. Além do estudo com voluntários no Brasil, outra análise está sendo realizada na África Subsaariana, local em que o grupo de pessoas mais vulneráveis à infecção é formado por mulheres cisgêneros heterossexuais jovens.
Como ser voluntário no Brasil
A USP informa que, no Brasil, os voluntários devem ser homens gays ou bissexuais cisgêneros e homens ou mulheres transexuais entre 18 e 60 anos. Pessoas desses grupos, que desejam participar da pesquisa, podem entrar em contato com o Programa de Educação Comunitária da FMUSP por meio do Instagram (confira aqui) ou por e-mail (aqui).
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