Cientistas da Universidade de Kent, no Reino Unido, da Universidade Goethe e da Escola de Medicina de Hannover, ambas na Alemanha, identificaram um medicamento que, segundo eles, tem potencial para tratar pacientes com o novo coronavírus (Covid-19). Trata-se da aprotinina, que seria capaz de inibir a entrada do vírus nas células hospedeiras.
Em estudo publicado na última sexta-feira (30/10), por meio do periódico científico Cells, os pesquisadores relatam que a expectativa é que um aerossol de aprotinina possa controlar precocemente a replicação do vírus e, consequentemente, impedir a progressão da Covid-19.
“Já foi relatado que o aerossol de aprotinina é extremamente bem tolerado em pacientes com influenza. Portanto, pode ser um medicamento que contribui com a prevenção da Covid-19 grave, quando for aplicado logo após o diagnóstico", destaca um dos autores do estudo, Martin Michaelis, que atua na Escola de Biociências da Universidade de Kent.
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Atualmente, os aerossóis de aprotinina são aprovados na Rússia para o tratamento da gripe, nesse sentido, os pesquisadores destacam que podem ser prontamente testados para o tratamento da Covid-19.
O estudo
Segundo os cientistas, por meio de testes in vitro, a aprotinina foi testada em culturas de células específicas, contaminadas por quatro amostras diferentes com o novo coronavírus. A droga teria conseguido interromper a replicação viral, pois, impediu que o patógeno conseguisse se ligar ao material celular humano.
Cautela
Apesar das expectativas positivas, vale lembrar que ainda é muito cedo para afirmar que o medicamento seja eficaz contra a Covid-19, pois, os testes ainda estão em fase inicial e mais pesquisas precisam ser realizadas para atestar a ação potencial do fármaco.
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