Os Emirados Árabes acabam de aprovar o uso emergencial de uma vacina no combate ao novo coronavírus (Covid-19). O antígeno em questão foi desenvolvido pelo laboratório Sinopharm, mas ainda não finalizou a fase 3 dos estudos clínicos. Apesar da medida, por hora, o imunizante será aplicado apenas em profissionais de saúde.
"A vacina será disponibilizada para os heróis que estão na linha de frente [na luta contra a pandemia] e que correm maior risco de contrair o vírus", postou, por meio do Twitter, a Autoridade Nacional de Gerenciamento de Crises e Desastres (NCEMA).
Apesar do anúncio, a entidade reforçou que os estudos sobre o antígeno continuam: "Os testes clínicos de fase 3 [nos Emirados] continuam sob a supervisão estrita das equipes médicas", destacou a Autoridade.
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Segundo a NCEMA, o imunizante já foi testado em 31 mil voluntários naquele país, sendo que os testes revelaram apenas efeitos colaterais leves ou moderados, até o momento. O órgão também informou que 1 mil voluntários, portadores de doenças crônicas que receberam o antígeno, não tiveram complicações.
No início de setembro deste ano, a Sinopharm revelou à imprensa que voluntários que receberam doses do imunizante continuam apresentando anticorpos contra a Covid-19, há seis meses, segundo informação divulgada pelo Valor Econômico.
Outros países
Vale ressaltar que o Governo da China aprovou, em julho de 2020, de maneira emergencial, a imunização da população com o potencial imunizante da Sinopharm. Desde então, centenas de milhares de pessoas, incluindo profissionais de saúde, jornalistas e funcionários públicos, já receberam doses do antígeno.
Outro ponto importante é que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China (CDC) disse que o país poderá disponibilizar a vacina à população em novembro de 2020, já que os testes estavam ocorrendo de forma “extremamente tranquila”.
A Sinopharm pesquisa duas fórmulas no combate à doença, ambas na fase 3 dos estudos clínicos. Nesse sentido, os Emirados Árabes foram um dos primeiros países a iniciar a última etapa de testes com o imunizante, mas, atualmente, vários outros autorizaram os estudos com a potencial vacina, como o Brasil, Argentina, Marrocos, Rússia e Paquistão.
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