No domingo (23/08), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a liberação por meio do Food and Drug Administration (FDA) para o uso emergencial de plasma de convalescentes no tratamento de pacientes com o novo coronavírus (Covid-19) em território americano.
A terapia funciona por meio de transfusões de material do sangue de pessoas que já foram curadas da doença e adquiriram anticorpos contra o vírus. Segundo alguns estudos realizados no Hospital Houston Methodist, no Texas (EUA) , o tratamento poderia reduzir em 35% a taxa de mortalidade de infectados, desde que a inciativa seja realizada no início dos sintomas.
"Esta é uma terapia poderosa que transfunde anticorpos muito, muito fortes do sangue de pacientes recuperados para ajudar a tratar pacientes que lutam contra uma infecção atual. Teve uma incrível taxa de sucesso", afirmou Trump, pedindo que pessoas que já estão curadas doem plasma, segundo informação divulgada pelo G1.
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Apesar da liberação, o FDA ressaltou em comunicado que a medida tem caráter temporário e emergencial. Nesse sentido, reafirmou que essa iniciativa exige menos requisitos, por isso, não se trata de uma aprovação total: "Com base nas evidências científicas disponíveis, o FDA concluiu, conforme descrito em seu memorando de decisão, que esse produto pode ser eficaz no tratamento de Covid-19 e que os benefícios conhecidos e potenciais do produto superam os riscos conhecidos e potenciais do mesmo", destacou órgão.
Trump x FDA
Vale reforçar que, o anúncio de Trump aconteceu após ele criticar o FDA por meio do Twitter. Segundo o presidente, o órgão estaria dificultando liberações de ações para testes de vacinas e tratamentos contra o novo coronavírus por motivações políticas.
“O ‘deep state’, ou quem quer que seja, no FDA está tornando muito difícil para as empresas farmacêuticas prepararem as pessoas para testar as vacinas e os medicamentos", escreveu Trump, no sábado (22/08), em sua rede social. Ele completou: “Obviamente, eles esperam adiar a resposta para depois de 3 de novembro. Devem focar na velocidade e salvar vidas!”.
Mais declarações
Recentemente, Trump tem dado diversas declarações à imprensa afirmando que a vacina estará disponível em território americano antes das eleições presidenciais, em novembro de 2020. Contudo, a comunidade científica vê essas afirmações com descrédito. Para os pesquisadores, essa hipótese é pouco provável.
Em território americano, o novo coronavírus já infectou mais de 5,6 milhões de pessoas e levou a óbito 176.645 pessoas, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.
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