Na China, o coronavírus já matou 26 pessoas e tem mais de 900 casos confirmados até esta sexta-feira (24). Em estado de alerta, o país começou a construir um hospital, às pressas, que deverá ser inaugurado em 3 de fevereiro. A unidade de saúde funcionará na cidade de Wuhan, em um espaço de 25 mil m², com capacidade de mil leitos para o atendimento exclusivo de pacientes infectados com a pneumonia de origem desconhecida.
Segundo informação divulgada pela agência de notícias Xinhua News, o empreendimento segue o modelo de um hospital construído em Pequim, em 2003, especializado no atendimento de pacientes com a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars).
Vale ressaltar que, em Pequim, o hospital inaugurado para combater a doença respiratória foi erguido em apenas uma semana. Por isso, as autoridades chinesas estão dedicadas a levantar a nova unidade de saúde do país em tempo recorde.
Além da construção do novo hospital, os chineses não estão medindo esforços para controlar a epidemia. Xangai enviará 405 médicos em três grupos para Wuhan até o final do mês. Apenas nesta sexta-feira (24), 105 profissionais de saúde deverão chegar à cidade.
Atualmente, o Ministério de Ciência e Tecnologia da China está com oito projetos de pesquisa para estudar o novo vírus. O Governo chinês também criou um sistema nacional de estudo sobre a pneumonia, com o objetivo de criar métodos de combate à doença.
Coronavírus no Brasil
A divulgação sobre a suspeita de um caso do coronavírus no Brasil causou divergências entre o Ministério da Saúde (MS) e a Secretaria de Saúde de Minas Gerais. A paciente que, supostamente, poderia estar infectada pelo vírus foi internada em Belo Horizonte, em um hospital que é referência estadual em doenças infectocontagiosas.
Com sintomas semelhantes à doença, ela havia chegado de viagem de Xangai, na China. A própria Secretaria de Saúde mineira chegou a publicar uma nota sobre a suspeita, mas voltou atrás pouco tempo depois: "Neste momento, este caso não atende ao critério de suspeito para o novo coronavírus”, informou o órgão.
Em boletim divulgado à imprensa, o MS pediu cautela para não criar pânico na população: “Não existe nenhum caso suspeito de coronavírus no Brasil pelo critério da Organização Mundial de Saúde (OMS). Isso gera muita confusão e pânico na população, em familiares, em pessoas que vão viajar, nas cidades, e eleva a carga de trabalho do nosso serviço de epidemiologia”, disse o secretário substituto de Vigilância em Saúde, Júlio Henrique Croda.
O órgão também explicou que, para ser considerado um caso suspeito, os parâmetros da OMS indicam que a pessoa precisa apresentar sintomas como febre, tosse e dificuldades para respirar. Além disso, deve ter viajado para o local de risco, que concentra transmissão ativa do vírus, 14 dias antes de manifestar as primeiras reações.
Indústria farmacêutica no combate ao vírus
A empresa biofarmacêutica americana, Gilead Sciences, está pesquisando um tratamento experimental usado contra o ebola que poderá servir para tratar pacientes com o novo coronavírus.
"A Gilead Sciences está em discussões ativas com pesquisadores e médicos nos Estados Unidos e na China sobre o surto de coronavírus em Wuhan e o potencial uso do remdesivir como tratamento experimental", disse um porta-voz do laboratório, em comunicado à Agência Reuters.
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