IA preditiva revoluciona a indústria farmacêutica e evita prejuízos milionários

A transformação digital vem ganhando força na indústria farmacêutica, impulsionada pela aplicação estratégica da inteligência artificial (IA). Mais do que uma tendência, essa tecnologia está se tornando um diferencial competitivo indispensável – especialmente quando aplicada a assuntos regulatórios e processos como manutenção preditiva, produção industrial e controle de qualidade.

De acordo com o professor do ICTQ - Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico e founder and CEO da Predict AI e FHI Group, Fabrício Silva, na indústria farmacêutica, paradas inesperadas em equipamentos podem representar prejuízos na casa dos milhões. É nesse contexto que a manutenção preditiva baseada em IA surge como aliada da produtividade e da redução de custos. Ao empregar sensores inteligentes acoplados a algoritmos, a IA é capaz de monitorar o funcionamento de máquinas em tempo real e prever falhas antes que elas ocorram.

“A inteligência artificial consegue identificar padrões que antecipam falhas de equipamento ou eventos críticos. Isso permite que as indústrias se preparem com antecedência, adquiram peças e evitem impactos significativos na produção”, explica Silva.

Ao contrário da manutenção corretiva, que só acontece após a falha, o modelo preditivo reduz drasticamente a ociosidade de equipamentos, aumenta sua vida útil e diminui gastos operacionais. “Estamos falando de monitoramento 24 horas por dia, sete dias por semana, totalmente automático. O sistema emite alertas quando a probabilidade de falha ultrapassa, por exemplo, 60%. Isso permite ações antes mesmo da interrupção da produção”, complementa o especialista.

Inteligência artificial na produção: identificando gargalos e otimizando operações

A aplicação da IA nos processos produtivos permite mais do que apenas reações a falhas: ela atua de forma proativa, detectando gargalos e propondo ajustes em tempo real. Fabrício Silva cita como exemplo as fábricas escuras chinesas – também conhecidas como lights-out factories, que são instalações totalmente automatizadas que operam sem intervenção humana. Elas são projetadas para funcionar 24 horas por dia, 7 dias por semana.

“Com inteligência artificial, é possível prever aumentos de demanda, entender a capacidade produtiva de cada linha e agir antes que falte recurso humano ou mecânico”, explica ele. “Além disso, a IA consegue sugerir ações automáticas para mitigar impactos antes mesmo de eles acontecerem”.

Essas sugestões não dependem de operadores: são geradas e executadas automaticamente, otimizando processos e reduzindo desperdícios. A automação elimina variáveis humanas como fadiga ou desmotivação, garantindo maior consistência operacional. No entanto, essa independência operacional não exclui a importância das pessoas — pelo contrário, exige profissionais altamente capacitados para interpretar os dados, validar decisões e ajustar os sistemas conforme as exigências regulatórias e estratégicas da indústria.

Visão computacional no controle da qualidade

No controle da qualidade, a IA se mostra especialmente valiosa com o uso da visão computacional – tecnologia capaz de analisar imagens pixel por pixel, com precisão superior à do olho humano. Essa aplicação tem revolucionado a inspeção de comprimidos, blisters e embalagens.

“Com a IA, conseguimos detectar comprimidos rachados, trincados, falhas de impressão, variações de cor e até erros de rotulagem que passariam despercebidos. Isso evita que produtos com defeito cheguem ao consumidor final”, afirma Silva.

A automação da inspeção permite detectar falhas nas primeiras etapas do processo produtivo, possibilitando correções rápidas e redução de perdas. “Se um comprimido tiver uma variação fora do padrão, a IA pode acionar o time de controle de qualidade ou retirar automaticamente aquele item do lote. É um ganho enorme em segurança, qualidade e economia”, acrescenta ele.

O papel estratégico do farmacêutico na era da IA

Com todos esses avanços, o farmacêutico precisa estar preparado para atuar estrategicamente na interface entre tecnologia e processos regulatórios. Mas, segundo Fabrício Silva, o primeiro passo é quebrar barreiras mentais.

“Precisamos ressignificar o que é tecnologia. Muitos farmacêuticos ainda têm medo de computador. É fundamental entender que a IA pode ser um diferencial de carreira, algo transformador para o nosso futuro profissional”, alerta.

O caminho, segundo ele, envolve buscar formação prática e acessível, com linguagem didática e professores que tenham vivência real em projetos com IA. “Nós, farmacêuticos, não somos programadores. Por isso, precisamos de conteúdos adaptados à nossa realidade, que nos ajudem a compreender os fundamentos da IA e como ela se aplica à nossa área”.

Essa jornada exige persistência. “É difícil no início, mas quem tiver coragem e curiosidade vai encontrar uma oportunidade incrível de crescimento. A IA é uma aliada, não uma ameaça”, completa Silva.

Diante desse cenário, torna-se evidente que o domínio da inteligência artificial será uma competência estratégica para farmacêuticos que atuam na indústria – especialmente em áreas como assuntos regulatórios, controle de qualidade e gestão de produção.

Com a transformação digital se consolidando, o profissional que souber aliar seu conhecimento técnico à fluência tecnológica terá mais espaço, reconhecimento e protagonismo no setor.

Capacitação farmacêutica

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