A Polícia Militar (PM) fechou uma fábrica clandestina que produzia medicamentos irregulares para emagrecer, em Jataí (GO), na última terça-feira (28/04), após receber uma denúncia anônima de perturbação de sossego. Segundo a Vigilância Sanitária, há suspeitas de que uma substância veterinária para combater carrapatos bovinos era usada como matéria-prima na produção dos produtos.
De acordo com a PM, no local, foram encontrados vários medicamentos sem registro sanitário, como chás emagrecedores e substâncias detox. Ao todo, havia mais de 15kg de cápsulas, além de 473 frascos prontos para serem comercializados.
“Aparentemente está sendo utilizado produto de uso veterinário nessas cápsulas, não existe um responsável técnico para responder por essa produção. A fabricação é feita em um ambiente inadequado, fora dos padrões higiênicos e sanitários exigidos. É um produto totalmente clandestino”, destacou a coordenadora da Vigilância Sanitária de Jataí, Kelle Melo, em entrevista ao jornal da TV Anhanguera.
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Além dos produtos, também foram encontrados documentos de contabilidade que indicam uma movimentação de mais de R$ 190 mil com a venda desses medicamentos, que, possivelmente, eram encaminhados para serem comercializados em outros Estados, como Minas Gerais, Ceará e Amazonas.
Segundo a PM, o proprietário da casa é um rapaz de 19 anos, que, inclusive, já teria passagem por tráfico de drogas. De acordo com a reportagem da emissora de TV, todas as pessoas que estavam na residência prestaram depoimento na delegacia e foram liberadas, até que as investigações sejam finalizadas.
A Polícia Civil também foi envolvida nas investigações e está realizando uma perícia nos medicamentos encontrados, para confirmar se a substância veterinária para combater carrapatos bovinos era, de fato, utilizada na produção dos medicamentos comercializados com a finalidade de emagrecimento.
Segundo a reportagem da TV Anhanguera, os medicamentos encontrados serão descartados da maneira correta e o laudo sobre as substâncias encontradas e utilizadas na produção dos produtos deve ficar pronto em trinta dias.
Além das investigações policiais, a Vigilância Sanitária também abriu um processo administrativo e os responsáveis pela comercialização dos produtos irregulares poderão responder por infração administrativa.
Outros casos
Frequentemente, indústrias clandestinas de medicamentos têm sido localizadas. Recentemente, a Polícia Civil fechou uma fábrica ilegal de medicamentos para emagrecer que funcionava em Cachoeira Alta, no sudoeste de Goiás, mas que tinha ramificações em outras regiões do Estado, como em Paranaiguara, e alguns endereços em Minas Gerais. Na operação, que envolveu mais de 40 policiais, 9 pessoas foram presas.
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