Três grandes redes de farmácia – Extrafarma, Drogaria São Paulo e Raia Drogasil – fecharam parceria com a prefeitura de São Paulo para apoiar na vacinação contra a Covid-19. As empresas disponibilizaram seus estabelecimentos para instalar pontos para realização do serviço.
Na Extrafarma a vacinação começou na loja do bairro do Tatuapé, mas a rede já ofereceu outras unidades na cidade para funcionarem como extensão das Unidades Básicas de Saúde (UBS) de cada região, integrando o Plano Nacional de Imunização, segundo revelou o Estadão.
A vacinação é de responsabilidade da prefeitura de São Paulo e seguirá o cronograma oficial. Segundo a empresa, neste momento, está sendo vacinada a população a partir de 69 anos. O público pode se direcionar ao local sem a necessidade de agendamento, e o serviço é realizado de forma gratuita, entre 8h e 17h.
“Temos experiência em campanhas de vacinação contra a gripe e sabemos da importância de unir forças para garantir que a imunização aconteça com agilidade e segurança”, afirmou ao jornal o diretor de Operações e Marketing da Extrafarma, Miguel Jarros. “Nossa rede está à disposição para continuar a apoiar, tanto em São Paulo como nos demais Estados em que atuamos”.
A Drogaria São Paulo ofereceu à prefeitura 14 lojas para instalar pontos de vacinação na capital paulista. Segundo a empresa, o objetivo é ampliar o número de lojas participantes conforme a disponibilização de novos lotes de vacinas. A varejista vai manter a parceria em todas as etapas de imunização, incluindo novas faixas etárias, de acordo com os grupos prioritários estabelecidos nos planos de imunização do governo, revelou o Estadão.
“Nosso objetivo é ampliar essa parceria e, para isso, colocamos nossas redes 100% à disposição dos governos municipais e estaduais em todo o País, conforme o plano nacional de imunização avançar”, afirmou ao jornal o presidente do Grupo DPSP, fusão das redes Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo, Marcelo Doll.
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Já a Raia Drogasil inaugurou pontos de vacinação em 17 de suas unidades em São Paulo. De acordo com a rede, esses locais irão funcionar como um prolongamento das UBS em cada bairro. Nesse sentido, as vacinas serão aplicadas por agentes das próprias UBS, entre 8h e 18h.
Os pacientes, na faixa etária indicada de acordo com Plano Nacional de Imunização, poderão procurar diretamente os estabelecimentos farmacêuticos ou deverão ser redirecionados por agentes que atuam na rede pública de saúde.
“Vamos otimizar essa aplicação por meio de nossa estrutura. A gente organiza toda a fila, auxilia o cadastro e disponibilizamos o espaço, que pode ser tanto dentro da loja, com salas de aplicação de injeções, como numa tenda que nós alugamos”, esclareceu ao Estadão o presidente da Raia Drogasil, Marcílio Pousada. “Estamos aproveitando nossa capilaridade para poder auxiliar toda a comunidade no atendimento”, completou, lembrando que a Raia Drogasil pretende ampliar essa iniciativa para outros Estados e municípios.
O executivo acredita que as farmácias da rede já têm capacidade para atuar efetivamente na vacinação, pois a companhia participa de outras campanhas de imunização. Porém, ele entende que ainda deverá levar algum tempo até que os imunizantes contra o coronavírus sejam comercializados pelo setor privado. “Até conseguirmos vacinar toda a população prioritária... é muito difícil que o setor privado tenha algum protagonismo”, ressalta. “Nossa função agora é apoiar como possível”.
Farmacêuticos na vacinação
Em meio à possibilidade de a vacinação ter início em redes de farmácias, o professor do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Mikael Flambertto, que ministra aulas no Programa de Habilitação de Farmacêuticos em Vacinação, explica que os farmacêuticos podem ser fundamentais para auxiliar na imunização da população.
Para Flambertto, não demorará muito para que esses profissionais sejam recrutados em todo o território nacional. “Acredito que se estiverem capacitados, os farmacêuticos poderão dar um respaldo enorme na imunização da população. Eles deverão, inclusive, trabalhar como vacinadores na campanha do Calendário Nacional de Imunização ou em outras iniciativas que, com certeza, irão surgir, porque o Ministério da Saúde vai precisar bastante”, salientou em entrevista exclusiva à equipe de jornalismo do ICTQ.
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