A varejista Raia Drogasil apresentou lucro líquido de R$ 172,9 milhões no terceiro trimestre de 2020, o que representa uma expansão de 13,4% frente ao mesmo período do ano passado. Já a receita bruta da empresa alcançou R$ 5,4 bilhões, valor 12,8% superior ao obtido no terceiro trimestre de 2019, segundo comunicado divulgado nesta semana.
No relatório enviado ao mercado, a empresa revela que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (chamado Ebitda, da sigla em inglês) ficou em R$ 397,2 milhões, representando crescimento de 10,5% no comparativo anual, com margem de 7,4%. De acordo com o material, o segmento de medicamentos isentos de prescrição (MIP, também conhecidos como OTC) teve o maior destaque, com alta de 17,3%.
Já o segmento de HPC (cosméticos e produtos de higiene pessoal) cresceu 15%, enquanto os genéricos cresceram 13,5%. Por outro lado, medicamentos de marca cresceram 9,6% com uma perda de 1,3 pontos percentuais no mix, resultante de uma redução em prescrições e consultas médicas para tratamentos agudos não urgentes devido ao distanciamento social.
Segundo a Raia Drogasil, conforme as medidas de distanciamento social implementadas para combater a pandemia do Covid-19 foram afrouxando ao longo do trimestre, “obtivemos melhoras consideráveis nas receitas com o crescimento alcançando 12,8%, em contraste à alta de 6,3% registrada no segundo trimestre do ano”, diz o texto do relatório.
Ainda segundo o documento, a varejista afirma que sua participação no mercado nacional é de 13,2% e de 25,1% no Estado de São Paulo. São 2.223 unidades em operação, incluindo 64 novas aberturas no trimestre (12 a mais do que no mesmo período de 2019) e três encerramentos. Com isso, a empresa totalizou 158 aberturas em 2020, reiterando compromisso de 240 novas lojas para o ano, mesmo patamar planejado para 2021 e 2022.
A empresa ressalta que prossegue a estratégia de ampliar a diversificação regional do grupo, com 70% das novas lojas abertas nos últimos 12 meses fora do Estado de São Paulo, seu mercado de origem. Além disso, enquanto 65% das lojas possuem formato popular ou híbrido, 86% das aberturas no período foram deste último grupo, “de forma a ampliar a presença junto à classe média expandida em todo o Brasil”.
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Os canais digitais mantiveram no terceiro trimestre o destaque já obtido no segundo. “Eles representaram 7,1% das vendas do varejo, em linha com o segundo trimestre, apesar da progressiva normalização do tráfego de clientes em nossas lojas”, diz a Raia Drogasil, destacando que a pandemia não foi a única responsável pela alavancagem.
“A relevância do digital cresceu não apenas por conta dos novos hábitos de consumo resultantes da pandemia do Covid-19, mas também por causa da melhoria significativa de nossos apps e plataformas digitais, a criação de times ágeis dedicados à melhora da experiência do cliente, bem como melhorias em nossa infraestrutura de TI e logística”, ressalta. No total, foram registrados 5,6 milhões de downloads acumulados dos apps da empresa desde o início de 2019.
Uma particularidade do digital é que ele alavancou também o resultado das lojas físicas. “Nossa estratégia digital alavanca a capilaridade das nossas 2.223 lojas em todo o País, que atendem 89% da população brasileira de Classe A dentro de um raio de 1,5 km. No terceiro trimestre, 74% das nossas receitas digitais foram atendidas pelas lojas”. No final do período, eram 431 lojas realizando entregas, localizadas em 204 cidades que concentram 91% das vendas de varejo do grupo.
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