De acordo com a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) o mercado farmacêutico no brasileiro deve movimentar entre US$ 39 bilhões e US$ 43 bilhões (cerca de R$ 158 bilhões e R$ 174 bilhões) em 2023. Com o cenário promissor, uma pergunta fica no ar: quais medicamentos que estão faturando mais alto no Brasil?
De acordo com um levantamento divulgado, recentemente, pelo IQVA, que consta no Guia 2019 da Interfarma, os analgésicos estão com grande destaque entre os dez medicamentos que mais faturaram no mercado brasileiro. Confira o top 10:
1 - Dorflex
Já no topo da lista, lidera um analgésico que funciona para diferentes tipos de dores. Em sua composição química, o Dorflex possui dipirona sódica monoidratada, citrato de orfenadrina e cafeína, por isso, não costuma provocar sonolência nos pacientes. O produto é muito usado para dor de cabeça, cólica menstrual e dores musculares.
2 – Xarelto
Funciona como anticoagulante e tem indicação para tratar diversas doenças, como: trombose, embolia pulmonar recorrente em adultos e a fibrilação atrial, tipo comum de arritimia cardíaca. Além disso, é utilizado como terapia de prevenção de derrame e AVC.
3 - Saxenda
Medicamento indicado para tratar obesidade em adultos com Índice de massa corporal (IMC) igual a 30 ou a partir a 27, que sofrem de doenças relacionadas ao sobrepeso.
4 - Neosaldina
Novamente, outro analgésico aparece na lista. Com dipirona e cafeína entre os princípios ativos, o medicamento é bastante utilizado para tratar dores de cabeça, musculares e até tensões.
5 - Addera D3
Medicamento utilizado para regular os níveis de vitamina D em pacientes que possuam deficiência.
6 - Glifage
É um dos medicamentos mais utilizados para tratar pacientes com diabetes tipo 2, doença, normalmente, associada a fatores como: obesidade e idade.
7- Torsilax
Também com efeito analgésico, o princípio ativo é composto por diclofenaco sódico, paracetameol, carisprodol e cafeína. O medicamento também é indicado para o tratamento de diversos tipos de dores.
8 - Victoza
Possui o mesmo princípio ativo do Saxenda e foi elaborado pelo mesmo laboratório. No entanto, a aprovação se restringe apenas para tratar o diabetes tipo 2.
9 - Anthelios
Protetor solar, muitas vezes caracterizado como dermocosmético, principalmente, utilizado no verão, quando o sol é mais intenso.
10 - Puran
Medicamento indicado para o tratamento de hipotireoidismo, doença que afeta a glândula tireoide, causando cansaço e deixando o metabolismo mais lento, muitas vezes, a enfermidade causa obesidade nos pacientes.
Como anda o mercado
Conforme levantamento da Interfarma, o varejo farmacêutico cresceu quase 10%, em 2018, no Brasil, chegando a R$ 62,4 bilhões. Os medicamentos maduros com prescrição representam a maior parcela do mercado, com R$ 23,3 bilhões (crescimento de 5% entre 2017 e 2018). Contudo, o maior aumento em relação ao ano anterior ocorreu entre os medicamentos novos (sob patente), que aumentaram 19,3%, chegando a R$ 8,2 bilhões.
Já o mercado farmacêutico cresceu 11% em 2018, chegando a R$ 90 bilhões. A variação mais expressiva entre 2014 e 2018 ocorreu no varejo, de 12%, enquanto o mercado institucional (vendas ao governo, a clínicas, hospitais e planos de saúde) aumentou 9,5%. Entretanto, esse setor apresentou a maior variação em relação ao ano anterior, de 15%, enquanto o varejo cresceu 10%. Esse foi o primeiro registro de crescimento da fatia institucional superior às vendas em farmácias.
Já o mercado farmacêutico institucional cresceu 15%, em 2018, no Brasil, chegando a R$ 27,8 bilhões. Esse aumento foi puxado, principalmente, pelo mercado privado, que passou de R$ 8,4 bilhões para R$ 10,3 bilhões - incremento de 23%. Nas compras públicas também houve elevação significativa, de 11,3%, passando de R$ 13 bilhões para R$ 14,5 bilhões.