Os cuidados para prevenir possíveis intercorrências e garantir excelência nos atendimentos na farmácia estética

Os cuidados para prevenir possíveis intercorrências e garantir excelência nos atendimentos na farmácia estética

As intercorrências em farmácia estética podem ocorrer durante procedimentos, como aplicação de toxina botulínica e ácido hialurônico, se o profissional responsável não tiver conhecimento sobre fisiologia e anatomia humana, bem como sobre o manuseio de produtos e equipamentos. O papel do farmacêutico é fundamental para prevenir essas situações. Além de instruir o paciente sobre o uso correto dos produtos e equipamentos, ele também deve garantir o cumprimento das normas de segurança e higiene.

A área estética, tem uma regulamentação considerada recente, de 2013, mas tem crescido e atraído cada vez mais a atenção dos farmacêuticos que buscam sair do lugar comum, se desafiar e, principalmente, ser donos do próprio negócio. Sai na frente aquele que melhor se capacitar e que tem o foco na prevenção de possíveis intercorrências.

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Em todos os tratamentos que englobam a saúde e a estética, são exigidos cuidados especiais por parte do farmacêutico para atender melhor aos clientes e ter uma reputação positiva no mercado. São hábitos eficientes de segurança que contribuem para proteger o trabalho do profissional, garantindo o melhor para ele e, obviamente, para os pacientes.

Porém, como em todos os procedimentos, pode ser que algo saia do controle. As intercorrências não devem ser rotineiras, mas não são impossíveis de ocorrer. Sua prevenção é o melhor caminho, mas, se elas acontecerem, a maneira como o farmacêutico contornará a situação diz muito sobre ele.

“Intercorrências são acontecimentos inesperados que podem ocorrer após a realização de determinados procedimentos estéticos. Por exemplo: alergias, isquemia, necrose. Alguns eventos são esperados nos pós procedimentos, como edema, hematoma, eritema. Esses são exemplos de eventos esperados e que vão acontecer após a injeção de um ácido hialurônico após o preenchimento dérmico”, explica a diretora do MP Academy, fundadora do GMP e professora do ICTQ - Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Maralise Perigolo.

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Segundo ela, outros eventos adversos, ou seja, intercorrências, que não são esperados também podem acontecer. Os mais comuns são isquemia, uma possível evolução para necrose, edema tardio intermitente e persistente (ETIP) e assimetria facial proveniente de colocação de fios.

A professora fala que as intercorrências podem, sim, atrapalhar o resultado esperado do procedimento estético. Claro que alguns eventos adversos os farmacêuticos conseguem, em tempo rápido, realizar o manejo adequado e, consequentemente, o resultado esperado é alcançado mesmo que um pouco mais tarde.

Contudo, existem outros procedimentos e determinadas intercorrências que, mesmo realizando o manejo adequado, o resultado positivo não é obtido, como em ocasiões em que há a necessidade de retirar o produto injetado. “E se o objetivo for volumizar a face do paciente, trazer medidas harmônicas, esse resultado será prejudicado com a retirada do produto. Para entregar o resultado esperado, pode ser que seja necessária aplicação do produto em um segundo momento”, afirma Maralise.

Avaliação adequada do paciente antes do procedimento estético também é prevenção de intercorrências

A avaliação antes de realizar o procedimento estético é conduzida através de uma consulta estética entre o profissional e o paciente. Nesta consulta, de acordo com Maralise, o farmacêutico avalia quais são as expectativas do paciente, faz a escolha do produto ideal, o plano da injeção, os pontos da injeção, bem como o risco do procedimento planejado.

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Algumas medidas preventivas devem ser adotadas pelo farmacêutico durante a consulta ou no pré procedimento/tratamento para minimizar as intercorrências, entre elas investigação de histórico hemorrágico, herpes, doenças autoimunes, gravidez, alergias, tendência à formação de queloide, uso de medicamentos etc.

“Todas essas medidas são extremamente importantes para conduzir o bom planejamento e tratamento do paciente. Além disso, o conhecimento e segurança da técnica empregada pelo profissional também são de extrema importância para minimizar as intercorrências. É muito importante observar, após a realização dos procedimentos, o aparecimento de edema, a dor, a sensibilidade do paciente, a mudança de coloração da pele”, destaca a professora.

Caso seja identificada alguma intercorrência, primeiramente o farmacêutico deve abordar o paciente de modo a explicar o que está acontecendo naquele pós-procedimento e o que será conduzido para corrigir a situação. Se deve explicar contundentemente para que haja um entendimento do comprometimento do paciente em relação ao passo a passo das medidas que serão adotadas para intervenção do processo adverso decorrente.

A partir dali o profissional continua toda a abordagem com o paciente traçando o manejo adequado, como uso de antibiótico e/ou retirada do produto, como preenchedor ou fios.

Maralise conta que alguns procedimentos podem ser adotados pelo profissional ao se deparar com determinada ocorrência que tenha surgido após o procedimento estético. Qualquer ação dependerá da intercorrência.

“Por exemplo, em se tratando de preenchimento dérmico com ácido hialurônico, usamos a chamada hialuronidase. Funciona assim: pode acontecer o que chamamos de reação adversa de início tardio - ETIP. É um edema que ocorre após meses ou até um ano depois de se ter realizado o procedimento estético. O profissional faz a retirada do produto por meio da aplicação da hialuronidase no local do procedimento. Em alguns casos é necessária a prescrição de antibiótico e corticoide”, explica a professora.

Outro exemplo a ser adotado pelo farmacêutico, neste caso com fios de polidioxanona ou fios de PDO, é a própria retirada do produto, que pode acontecer em casos de assimetria facial ou mesmo infecção.

“Nós, profissionais farmacêuticos estetas, não queremos nos deparar com um evento adverso que não era esperado. É diferente quando existe um evento adverso já esperado decorrente do procedimento, como um hematoma, edema ou eritema. Existem intercorrências que nós não queremos que ocorram no pós-procedimento, que são evolução para uma necrose, necessidade de retirada de um fio ou preenchedor”, afirma Maralise.

No entanto, segundo a professora, por mais que se domine a técnica e se tenha um conhecimento envolvido no procedimento pode acontecer algum evento não esperado, principalmente porque existem fatores inerentes ao paciente que podem ocasionar a evolução, como um quadro tardio de infecção urinária, que pode levar a um ETIP. Nessa situação deve-se fazer a retirada do produto.

“É extremamente importante o farmacêutico estar altamente capacitado para realizar o manejo da intercorrência. É necessário saber trabalhar com a hialuronidase, conduzir o hematoma, um edema, a retirada de um fio ou de um preenchedor, intervir num quadro de isquemia. O conhecimento do profissional para trabalhar o manejo correto da intercorrência é que evitará que o paciente evolua para quadros mais graves e, com certeza, trará um quadro saudável para ele”, atesta a especialista.

Maralise reitera que o farmacêutico deve ter um olhar atento e observador, além de conduzir muito bem o pós-procedimento do paciente. “O profissional só conseguirá entender o que está acontecendo com o paciente se ele conduzir um pós adequadamente. É muito importante que ele faça contato diariamente com o paciente perguntando como ele está se sentindo, se há alguma coisa diferente, sensibilidade, dor, edema. O farmacêutico deve fazer uma consulta de retorno antecipada, presencial se possível, para conduzir a intercorrência em tempo hábil”, garante a professora.

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