A Merck concordou em comprar a SpringWorks Therapeutics, fabricante de medicamentos para câncer e doenças raras, para impulsionar sua divisão de saúde.
O preço de compra de US$ 47 por ação em dinheiro representa um valor patrimonial de cerca de US$ 3,9 bilhões e um prêmio de 26% para a SpringWorks, afirmou a empresa em um comunicado.
O portfólio de medicamentos da empresa de biotecnologia americana impulsionará os lucros do conglomerado alemão a partir de 2027, contribuindo com dois tratamentos com aprovação regulatória dos EUA.
"A aquisição deve acelerar o crescimento das vendas da divisão de saúde da Merck, que tem sido um ponto-chave de preocupação", disseram analistas do Morgan Stanley, liderados por Thibault Boutherin, em nota. "De uma perspectiva estratégica, vemos o acordo como uma continuação dos esforços recentes para fortalecer o portfólio de oncologia com foco em tumores raros."
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A SpringWorks pode gerar até 1,5 bilhão de euros (US$ 1,6 bilhão) em vendas anuais adicionais até 2030, de acordo com Michael Shah, analista da Bloomberg Intelligence.
A divisão farmacêutica da Merck enfrenta desafios após fracassos de medicamentos experimentais de alto perfil e a iminente expiração da patente do medicamento mais vendido para esclerose múltipla, o Mavenclad. A empresa também possui divisões de ciências biológicas e eletrônica.
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O acordo é o maior desde a compra da Versum Materials pela Merck em 2019 para impulsionar sua divisão de eletrônicos. O financiamento será feito com dinheiro e novas dívidas, informou a empresa.
A Merck afirmou que está explorando aquisições após acumular bilhões durante a pandemia, quando produziu componentes usados em vacinas, terapias e testes contra a covid. A empresa continuará a considerar oportunidades de fusões e aquisições, disse a CEO, Belen Garijo, na segunda-feira.
A SpringWorks possui dois medicamentos no mercado americano e uma lista de pesquisa de pelo menos mais três. O medicamento principal, Ogsiveo, tem como alvo tumores raros e agressivos. O outro, Gomekli, trata tumores que crescem no tecido nervoso de pessoas com uma doença genética chamada neurofibromatose tipo 1.
Nenhum dos dois está aprovado na União Europeia, o mercado doméstico da Merck, mas a SpringWorks afirmou que espera a aprovação ainda este ano. O Ogsiveo provavelmente receberá um parecer de um painel consultivo no segundo trimestre.
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