Como resultado da parceria com o laboratório norte-americano Zyla, a EMS traz ao Brasil o primeiro medicamento que utiliza a tecnologia nanomolecular. O produto é um anti-inflamatório de prescrição médica indicado para inflamações crônicas e que pode ser utilizado por um ano ininterrupto sem comprometimento renal ou hepático. Normalmente, esse tipo de medicação é ministrada por até 25 dias, informou o Valor Econômico.
De acordo com o diretor da unidade de negócios de Prescrição Médica da EMS, Joaquim Alves, o contrato prevê a importação da droga e o envasamento na unidade de Hortolândia (SP). Além disso, o laboratório brasileiro tem a exclusividade de comercialização no País de todas as inovações lançadas pela empresa norte-americana.
Segundo os cálculos da EMS, a expectativa é que esse medicamento, no primeiro ano de comercialização, tenha faturamento de R$ 50 milhões. “Em três anos, será um dos nossos cinco campeões de vendas. Atrasamos o lançamento em função da pandemia, era para estar no mercado no primeiro trimestre deste ano. Mas acreditamos que os números esperados deverão ser alcançados dentro do planejado”, salientou Alves ao Valor.
O executivo revelou ainda ao jornal que a nova droga passou por um estudo clínico robusto com mais de 600 pacientes e que foi o primeiro medicamento em nanotecnologia comercializado no mercado dos Estados Unidos
“Esse medicamento foi lançado há três anos nos Estados Unidos e a nossa parceira está em processo de lançamento de outros produtos dessa tecnologia. Pelo nosso acordo poderemos ter mais medicamentos desse tipo no País”, ressaltou. “Nesses três anos ela já fatura cerca de R$ 1 bilhão no mercado americano, anualmente. Por isso, estimamos esse volume de vendas no País”.
Alves disse também que o planejamento da área de prescrição da EMS é o lançamento de 13 medicamentos neste ano, sendo três de inovação incremental. “Dos três inovadores, dois foram desenvolvidos pelo nosso centro de pesquisa e desenvolvimento. Por ano, investimos 6% da nossa receita em inovação e temos 400 funcionários dedicados”.
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Um dos medicamentos inovadores lançados pela empresa é uma molécula de aripiprazol em suspensão oleosa usado no tratamento do transtorno bipolar e esquizofrenia. Segundo o executivo revelou ao jornal, o medicamento agora poderá ser ministrado em gotas que contém uma miligrama. “Era um pedido antigo dos médicos, pois, em gotas se consegue medir melhor a quantidade de miligramas que o paciente necessita. É a primeira molécula desse tipo no mundo”, assegurou.
Com os lançamentos, Alves ressaltou que a expectativa de faturamento para este ano da área de prescrição médica da EMS é de R$ 2,2 bilhões, representando crescimento de 18% no comparativo com o mesmo período de 2019.
O executivo afirmou, ainda, que a divisão é a maior dentro do grupo, com 43% dos negócios. Hoje, a EMS tem medicamentos genéricos, hospitalares, de prescrição e OTC. “O segmento de prescrição deve crescer de 5% a 7% neste ano. Com os lançamentos que promovemos, nossa evolução será mais que o dobro do mercado”, prevê o diretor da EMS.
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