A Blanver farmacêutica acaba de lançar o primeiro medicamento genérico para a prevenção do vírus HIV no mercado privado, ou seja, o produto será disponibilizado para venda nas duas redes de farmácias do grupo DPSP: Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo.
Para o presidente da Blanver, Sérgio José Fragioni (foto), a medida será de grande serventia à população. "Muitas pessoas ainda não sabem que existe um medicamento que, combinado a outros métodos e cuidados, pode auxiliar na prevenção do HIV", destaca. Ele completa: "Queremos que mais pessoas tenham acesso tanto à informação quanto ao medicamento genérico que, anteriormente, era distribuído apenas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em uma parceria, inclusive, entre a Blanver e a Farmanguinhos".
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Segundo informação divulgada no portal Agora Vale, o começo dessa distribuição faz parte da estratégia de crescimento da empresa farmacêutica, que tem planos de investir cerca de R$ 300 milhões nos próximos quatro anos no produto. Nas farmácias do grupo DPSP, o medicamento poderá ser comprado por R$ 150,00 a unidade. A utilização é indicada para pessoas que tenham sido expostas ao risco de contaminação do HIV. Para a utilização do produto será necessária a avaliação médica.
Casos de HIV e outros métodos de prevenção
De acordo com dados do Ministério da Saúde (MS), o número atual de novos casos de HIV no Brasil apresenta uma redução ano após ano. Em 2013, a epidemia atingiu 42.934 novas pessoas infectadas em território nacional. Já em 2018, os registros foram 37.161. O levantamento consta no Boletim Epidemiológico de HIV/Aids 2019.
As regiões que concentram o maior número de pessoas infectadas são: Sul (136.902 casos) e Sudeste (60.470 casos). Outro dado alarmante é que, entre os grupos mais afetados, estão os jovens entre 20 e 34 anos, com 300.496 infectados, no período de 2007 até 2019.
Ainda segundo o MS houve um aumento de 80% dos novos casos entre pessoas com mais de 60 anos. Esse crescimento é atribuído ao fato de que essa população não considera o uso do preservativo como um método de prevenção de DSTs, mas sim, como contraceptivo.
As campanhas, cada vez mais, abordam novos métodos de prevenção combinada. A Profilaxia Pós-Exposição (PEP), por exemplo, consiste no uso diário de medicamentos antirretrovirais por pessoas que se expuseram a uma situação de risco ao HIV. É recomendado que o paciente comece o tratamento em até 72 horas após a exposição, sendo que a terapia dura 28 dias. Esse método é fornecido, gratuitamente, por meio do SUS. No entanto, o uso de preservativo não é descartado em nenhuma das situações.
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