Um novo coquetel de medicamentos fornecido a pacientes internados com o novo coronavírus (Covid-19) ganhou destaque na mídia, já que os cientistas responsáveis pela combinação afirmam que observaram um resultado positivo superior a 96% no tratamento de pacientes com a doença.
Entre os pesquisadores, que ajudaram a desenvolver a terapia, está a farmacêutica e diretora de farmácia, Carlette Norwood-Williams, que atua no hospital AdventHealth Ocala na Flórida, Estados Unidos. “Por 76 dias, nossos pacientes tiveram zero transferências para a unidade de terapia intensiva (UTI), zero colocação de ventilador mecânico e zero morte com o [coquetel] ICAM ou similares. Fiquei absolutamente satisfeita em ver nossos pacientes melhorando mais rápido e fomos capazes de fornecer a orientação necessária para salvar vidas”, destacou a profissional, segundo matéria publicada pelo portal especializado TrialSite News.
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Além da farmacêutica, o desenvolvimento do coquetel ainda contou com a participação de outros profissionais do mesmo hospital. O composto é constituído por zinco, vitaminas, anticoagulantes, corticoides e antibióticos.
O estudo
No total, 100 pessoas que testaram positivo para o novo coronavírus se voluntariaram para receber o tratamento com os medicamentos fora do hospital. A iniciativa faz parte de um ensaio clínico apoiado pelo Departamento de Saúde da Flórida e pelo Centro de Saúde do Coração daquele estado americano.
Segundo Carlette, os pacientes que receberam o ICAM, imediatamente após o diagnóstico, apresentaram uma taxa de sucesso no tratamento de 96,4%. Ela ainda explica que o objetivo do ensaio clínico foi determinar se o trabalho da equipe de especialistas do hospital AdventHealth Ocala pode ser usado em outro lugar para tentar reduzir a taxa de mortalidade ocasionada pela Covid-19.
“Nossa pesquisa mostra que o medicamento certo pode influenciar as melhorias na resposta do marcador inflamatório de um paciente com Covid-19, contribuindo para a sobrevivência contra o vírus, independentemente da idade ou comorbidade, caso seja possível iniciar a terapia assim que o paciente for diagnosticado”, completou a farmacêutica.
Cautela
Apesar das boas expectativas em torno da terapia, vale ressaltar que ainda é muito cedo para avaliar a eficácia do coquetel, pois, mais testes precisam ser realizados para essa validação. Inclusive, a combinação deverá ser testada clinicamente em outras análises.
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