A indústria farmacêutica instalada no Brasil teve o melhor semestre de emprego em três anos. Bem no meio de uma pandemia, foram gerados 3.630 postos de trabalho, segundo o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), conforme revelou a Folha.
Foi de cerca de 40% o crescimento registrado no primeiro semestre, considerando as 2.613 vagas geradas em igual período de 2019. Um ano antes, na primeira metade do exercício, o setor havia gerado 3.452 postos de trabalho. Questionado sobre os detalhes que explicam a variação positiva em meio à pandemia, o Sindusfarma não respondeu ao Portal do ICTQ –Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico. Caso venha se pronunciar esta matéria será atualizada.
Os números em geral da indústria se mantêm em alta. Segundo dados da consultoria especializada no mercado farmacêutico IQVIA para o Sindusfarma, o faturamento do setor cresceu aproximadamente 11% no primeiro semestre em comparação com a primeira metade de 2019, fechando em R$ 43,4 bilhões. Em unidades as vendas saltaram 10% no mesmo período, para 2,8 bilhões de caixas vendidas.
Desemprego em alta
A indústria farmacêutica é um ponto fora da curva no que diz respeito à geração de empregos no País. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, foram fechadas 1,19 milhão de vagas de trabalho com carteira assinada no primeiro semestre de 2020.
O saldo é a diferença entre as contratações e a demissões. No semestre foram registrados 7,9 milhões de desligamentos e 6,7 milhões de novas admissões. De acordo com o secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, esse é o pior resultado para o primeiro semestre desde 1992, início da série histórica do Caged, informou o G1.
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A taxa oficial de desemprego no Brasil subiu para 13,3% no primeiro semestre, atingindo 12,8 milhões de pessoas, segundo levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
É a maior taxa de desemprego desde o trimestre terminado em maio de 2017, quando também ficou em 13,3%. E o desemprego só não foi maior porque muita gente simplesmente deixou de procurar emprego. O número de desalentados chegou a 5,7 milhões, novo recorde histórico. Atualmente, tem mais gente sem trabalhar do que trabalhando no País, segundo o IBGE.
Ainda segundo a pesquisa do Instituto, a população subutilizada atingiu o recorde de 31,9 milhões de pessoas. Por fim, a massa de rendimentos encolheu 5,6%, o que representa perda de R$ 12 bilhões no volume em circulação na economia.
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