Vacina contra câncer de rim mantém pacientes sem a doença por três anos

 Pesquisadores do Dana-Farber Cancer Institute, nos Estados Unidos, testam uma vacina personalizada contra o câncer de rim em um estudo clínico com nove pacientes. Três anos após o tratamento, todos continuam sem sinais da doença.

Os resultados, publicados na revista Nature em 5 de fevereiro, indicam que a abordagem pode reduzir o risco de recorrência do tumor em pacientes com um dos tipos mais comuns de câncer renal.

Como a vacina foi desenvolvida?

O ensaio clínico envolveu pacientes com carcinoma de células renais de células claras, um tipo recorrente da doença. O tratamento padrão para esses casos inclui cirurgia para remoção do tumor e, em alguns casos, imunoterapia com pembrolizumabe. Ainda assim, estima-se que até dois terços dos pacientes podem ter recidiva.

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Para desenvolver a vacina personalizada, os cientistas analisaram o material genético do tumor de cada paciente. A partir dele, extraíram pequenos fragmentos de proteínas mutantes — os chamados neoantígenos — e selecionaram aqueles com maior potencial de estimular o sistema imunológico.

“Os neoantígenos alvos desta vacina ajudam a direcionar a resposta imunológica contra as células cancerígenas, com o objetivo de aumentar a eficácia e reduzir os efeitos colaterais”, explicou Toni Choueiri, um dos autores do estudo, em comunicado.

Cada participante recebeu uma dose inicial da vacina seguida de reforços. Cinco deles também foram tratados com ipilimumabe, um medicamento de imunoterapia. Os efeitos adversos foram leves, incluindo vermelhidão no local da injeção e sintomas semelhantes aos da gripe.

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O que os resultados revelam sobre o futuro do tratamento?

Três semanas após a vacinação, os pesquisadores observaram um aumento significativo na resposta imunológica: o número de células T do sistema imunológico cresceu, em média, 166 vezes. Além disso, essas células permaneceram em níveis elevados no organismo por até três anos.

“Observamos uma expansão rápida, substancial e duradoura de novos clones de células T relacionadas à vacina”, afirmou Patrick Ott, diretor clínico do Melanoma Center no Dana-Farber, em comunicado.

Testes laboratoriais mostraram que essas células T foram ativas contra as células tumorais renais dos pacientes. “Estamos muito animados com esses resultados, que demonstram uma resposta positiva em todos os nove participantes”, disse Choueiri.

Apesar dos achados promissores, os cientistas ressaltam que o estudo envolveu um número reduzido de pessoas. Ensaios clínicos maiores ainda são necessários para confirmar a eficácia da vacina em larga escala.

“Esses resultados nos motivam a continuar investigando essa abordagem, mas ainda precisamos de mais estudos para compreender completamente seu impacto clínico”, concluiu Ott.

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