A Eli Lilly do Brasil lançou o LillyScan, uma plataforma on-line que permite verificar a autenticidade do medicamento Mounjaro. O recurso, disponível no site oficial funciona por meio da leitura de um QR Code impresso na embalagem. Assim, o paciente confirma se o número de série corresponde a um produto original fabricado e comercializado legalmente no Brasil.
O Mounjaro é a única tirzepatida aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em setembro de 2023, a Anvisa autorizou seu uso para o tratamento de diabetes tipo 2. Posteriormente, em junho de 2025, ampliou a indicação para o controle crônico de peso, em conjunto com dieta de baixa caloria e aumento da atividade física. Essa aprovação vale para adultos com IMC ≥ 30 kg/m² (obesidade) ou IMC ≥ 27 kg/m² (sobrepeso) associado a pelo menos uma comorbidade relacionada ao peso, como hipertensão.
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Nesse contexto, o LillyScan surge como resposta ao aumento da circulação de versões falsificadas ou manipuladas da substância, muitas vezes anunciadas em redes sociais e vendidas fora de farmácias licenciadas.
Como funciona a verificação do Mounjaro
Ao escanear o QR Code localizado ao lado do número do lote e da data de validade, o paciente é direcionado para a plataforma. Em seguida, o sistema confirma se o produto é consistente com os registros oficiais da Lilly. Caso o código esteja borrado, ilegível ou ausente, há indícios de irregularidade. Além disso, medicamentos anunciados apenas como “tirzepatida”, sem a marca Mounjaro, não são fabricados pela Lilly e não possuem aprovação da Anvisa.
Produtos não registrados podem conter dosagens incorretas, ausência do princípio ativo ou substâncias nocivas, como bactérias e impurezas. Por isso, a Anvisa alerta que apenas medicamentos produzidos em condições controladas e aprovados pela agência garantem segurança. O uso de versões manipuladas ou importadas ilegalmente pode resultar em sérios problemas de saúde.
Ações de conscientização
Para ampliar a proteção, a Lilly lançou a campanha “Desconfiar é Saudável”, que incentiva a análise crítica de informações sobre saúde. Em carta aberta, a empresa destacou que produtos não fabricados pela Lilly não passaram por estudos clínicos, não possuem eficácia comprovada, não são produzidos em ambiente controlado e não têm aprovação regulatória.
Além disso, a companhia afirma ter colaborado globalmente para remover milhares de contas em redes sociais e sites que comercializavam tirzepatida de forma irregular. No Brasil, atua em parceria com autoridades policiais e regulatórias para investigar casos de falsificação e contrabando.
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