A dor de cabeça é uma das queixas mais comuns nos balcões de farmácia — e, não à toa, também uma das que mais movimenta vendas no setor. No Dia Nacional de Combate à Cefaleia, comemorado em 19 de maio, os dados comprovam: além de ser um problema de saúde altamente prevalente, a cefaleia é um dos principais motores do faturamento nas farmácias, especialmente entre os medicamentos isentos de prescrição (MIPs).
Para se ter uma ideia, só em 2023, o Dorflex faturou R$ 752,6 milhões no país, segundo a Close-Up International. A Neosaldina vendeu mais de 30 milhões de unidades em 2022, e a dipirona, principal princípio ativo contra dor no Brasil, somou mais de 30 milhões de embalagens em vendas. A oportunidade para a farmácia é clara: a dor de cabeça é uma dor que vende — e vende muito.
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Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCe), 95% da população mundial terá ao menos um episódio de dor de cabeça ao longo da vida, e 50% dos adultos sofreram com ela no último ano. Os dados globais são igualmente impactantes: de acordo com The Journal of Headache and Pain, 52% da população mundial sofre com algum tipo de cefaleia anualmente, com destaque para:
• Cefaleia tensional: 30% a 78% da população;
• Enxaqueca: 14%;
• Cefaleia crônica: 4,6%;
• Cefaleia no dia a dia: 15,8% da população global apresenta dor de cabeça em qualquer dia do ano.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que as cefaleias afetam 3,1 bilhões de pessoas, principalmente mulheres, e figuram entre as três condições neurológicas mais comuns em todas as idades, dos 5 aos 80 anos.
Automedicação é regra: 65% tratam cefaleia por conta própria
No Brasil, o paciente geralmente não busca ajuda médica para dor de cabeça — ele vai diretamente à farmácia. E a pesquisa de automedicação do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, realizada em março de 2024 com 2.017 brasileiros, confirma isso: 86% da população se automedica, e a dor de cabeça lidera os sintomas mais tratados sem prescrição, com 65% das menções.
Esse cenário cria um ponto de contato essencial: o farmacêutico é, na prática, o primeiro profissional de saúde que esse paciente procura. É no balcão que se decide o produto, a posologia, a repetição do uso. E é nesse momento que o farmacêutico pode se posicionar como agente de saúde e, ao mesmo tempo, como um gestor de resultados para a farmácia.
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Analgésicos: uma das categorias mais quentes da farmácia
Se existe uma prateleira que nunca esfria em volume e valor é a dos medicamentos para dor de cabeça. De acordo com os dados da Close-Up International:
Ranking de vendas por unidades (MAT 2022/02):
• Doralgina: 37,2 milhões de unidades
• Dipirona N.Q: 30,6 milhões
• Neosaldina: 30 milhões
• Engov: 21 milhões
• Novalgina: 20,9 milhões
Ranking por faturamento (MAT 09/2023):
• Dorflex: R$ 752,6 milhões (+17,3%)
• Novalgina: R$ 392,5 milhões
• Sal de Fruta Eno: R$ 361,9 milhões
• Neosaldina: em queda (-2,7%), mas ainda entre os líderes
Além disso, um levantamento da InterPlayers revelou que as vendas de analgésicos cresceram 42% em um ano, com recordes em:
• Distrito Federal: +219,3%
• Goiás: +84%
• Rio de Janeiro: +53,5%
• São Paulo: +15%
Como o farmacêutico pode aumentar o faturamento com essa categoria
Os analgésicos são campeões de giro e margem. Mas o diferencial está nas estratégias práticas para impulsionar os resultados. O professor do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico e diretor de Marketing do Grupo Farma Ponte, Ricardo Leite, dá algumas dicas práticas para o gestor farmacêutico aumentar o faturamento com essa categoria no ponto de venda (PDV):
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1. Organização estratégica no PDV (Planograma inteligente)
• Exposição em altura nobre (entre olhos e mãos): facilita o acesso rápido e aumenta as compras por impulso.
• Separação por sintoma (ex.: dor de cabeça, dor muscular, febre) ajuda o cliente a identificar rapidamente o que precisa.
• Produtos de marca x genéricos bem-sinalizados, com destaque para os mais rentáveis.
2. Mix bem ajustado e análise de giro
• Avaliar os produtos que mais vendem e os que ficam encalhados.
• Investir mais em marcas líderes e versões rápidas e práticas (comprimido efervescente, líquido, sachê).
3. Comunicação no PDV e material educativo
• Use folders, wobblers e cartazes com mensagens, como:
o “Dor de cabeça frequente pode ser um sinal de alerta – fale com o farmacêutico”.
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