Uso excessivo de descongestionantes nasais e os riscos de dependência e problemas crônicos

Ele parece inofensivo, não tem efeitos colaterais instantâneos e provoca alívio imediato do entupimento nasal com apenas uma aplicação. Este é o descongestionante nasal, medicamento usado para desobstruir as narinas, fazendo com que o ar passe com mais facilidade.

Mas por trás da utilização descontrolada desse remédio, usado muitas vezes indiscriminadamente e sem receitas médicas, há uma série de riscos à saúde, que incluem dependência, rinite medicamentosa, aumento da pressão arterial, problemas cardíacos, danos à mucosa nasal e à garganta e até problemas oculares.

A depender da quantidade do uso dos descongestionantes nasais, eles podem provocar condições graves de saúde, caso do britânico Curtis Arnold-Harmer, de 28 anos. O jovem começou a fazer uso do remédio depois de um resfriado comum, mas acabou se viciando ao ponto de aplicar o medicamento 50 vezes por dia nas narinas.

Por conta disso, as conchas nasais de Curtis, uma parte interna do nariz, pararam de funcionar. Para resolver o problema, Curtis precisou passar por uma cirurgia, mas os médicos defendem que, provavelmente, o britânico terá que operar mais vezes no futuro. Ao todo, ele gastou mais de R$ 73 mil com tratamentos.

Ele parece inofensivo, não tem efeitos colaterais instantâneos e provoca alívio imediato do entupimento nasal com apenas uma aplicação. Este é o descongestionante nasal, medicamento usado para desobstruir as narinas, fazendo com que o ar passe com mais facilidade.

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Mas por trás da utilização descontrolada desse remédio, usado muitas vezes indiscriminadamente e sem receitas médicas, há uma série de riscos à saúde, que incluem dependência, rinite medicamentosa, aumento da pressão arterial, problemas cardíacos, danos à mucosa nasal e à garganta e até problemas oculares.

A depender da quantidade do uso dos descongestionantes nasais, eles podem provocar condições graves de saúde, caso do britânico Curtis Arnold-Harmer, de 28 anos. O jovem começou a fazer uso do remédio depois de um resfriado comum, mas acabou se viciando ao ponto de aplicar o medicamento 50 vezes por dia nas narinas.

Por conta disso, as conchas nasais de Curtis, uma parte interna do nariz, pararam de funcionar. Para resolver o problema, Curtis precisou passar por uma cirurgia, mas os médicos defendem que, provavelmente, o britânico terá que operar mais vezes no futuro. Ao todo, ele gastou mais de R$ 73 mil com tratamentos.

Geralmente, nas narinas de uma pessoa entopem durante o resfriado, porque ocorre um processo chamado de vasodilatação, momento em que os vasos sanguíneos se enchem de sangue, o que dificulta ou impede a passagem do ar.

“Assim, os descongestionantes vão agir de forma oposta, como vasoconstritores, reduzindo o calibre dos vasos sanguíneos. Isso aumenta o espaço para o ar passar e traz alívio respiratório imediato”, explica a professora do curso de farmácia da Una, Williane Mendes.

A grande questão é que o uso repetido de descongestionantes nasais pode levar ao chamado efeito rebote. “Ou seja, passado o efeito do medicamento, o organismo tenta compensar a vasoconstrição causada por ele. Esse processo leva a uma vasodilatação reflexa com consequente piora congestão nasal, criando um ciclo vicioso, onde o descongestionante é constantemente necessário para aliviar a congestão. Além disso, estes medicamentos têm uma propriedade chamada taquifilaxia, que faz com que o paciente fique tolerante a ele. Então, precisa-se de doses cada vez maiores para conseguir o mesmo efeito inicial”, explica a professora.

Alguns sinais indicam que uma pessoa está viciada em descongestionantes nasais, como o entupimento nasal persistente, uso prolongado e constante desse medicamento, aumento da dose medicamentosa e secura nasal.

“O uso contínuo leva ao corpo se habituar à medicação, tornando-a necessária para manter o nariz desobstruído. Para manter o alívio, a pessoa pode começar a usar doses maiores ou aplicá-lo mais vezes ao longo do dia, aumentando o consumo além do recomendado”, cita o otorrinolaringologista e presidente Associação Mineira de Otorrinolaringologia, Tiago Felipe Vasconcelos Gonçalves. “A exposição contínua ao medicamento pode danificar a mucosa nasal, levando a sintomas de ressecamento, irritação e até lesões nas narinas, mas, mesmo assim, a pessoa continua usando o descongestionante”, completa.

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O uso prolongado de descongestionantes nasais pode acarretar vários riscos à saúde. O otorrinolaringologista cooperado da Unimed-BH Tiago Felipe Vasconcelos Gonçalves lista alguns deles.

“O uso prolongado pode ressecar e irritar a mucosa nasal, causando inflamação crônica e até lesões no revestimento do nariz. Em casos graves, isso pode levar a complicações como a perfuração do septo nasal. Além de aumento da pressão arterial e problemas cardíacos, porque muitos descongestionantes nasais contêm substâncias vasoconstritoras, que podem elevar a pressão arterial e a frequência cardíaca”, pontua o médico.

Além disso, o ressecamento e a irritação contínua das vias respiratórias superiores podem tornar a pessoa mais suscetível a infecções respiratórias e inflamações na garganta. “Também podem acontecer problemas oculares: em algumas pessoas, especialmente aquelas com glaucoma, os descongestionantes podem aumentar a pressão intraocular, o que é perigoso para a saúde ocular”, indica o otorrinolaringologista.

O especialista afirma também que certos grupos de pessoas devem evitar o uso de descongestionantes nasais devido aos riscos de efeitos colaterais ou agravamento de condições de saúde existentes, como pacientes com hipertensão, glaucoma, diabetes, hiperplasia prostática, gestantes e lactantes e crianças pequenas.

Veja como é o tratamento

Para tratar pacientes viciados em descongestionantes nasais, o melhor a se fazer é a retirada gradual do medicamento, além do uso de antialérgicos e antiinflamatórios, quando necessário, recomenda a professora do curso de farmácia da Una, Williane Mendes.

“O Conselho Federal de Farmácia recomenda promover a retirada escalonada de uma narina por vez, com diluição em solução de cloreto de sódio a 0,9% e/ou com redução da frequência de aplicação do descongestionante tópico”, recomenda a farmacêutica.

É importante destacar ainda que a recomendação para uso seguro desse medicamento é de três a cinco dias. “Em casos de congestão persistente ou crônica, o ideal é buscar avaliação médica para identificar a causa subjacente, como alergias, sinusites ou desvios anatômicos e encontrar alternativas seguras e sustentáveis para o tratamento”, aponta Tiago Gonçalves, destacando que a congestão nasal também pode ser tratada com métodos naturais e sem medicamentos, como “manutenção de um ambiente adequado, com umidificação e controle de alérgenos.”

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