Bruna Camila Quirino Sena de Lima, de 30 anos, é aluna do quinto ano do curso de farmácia. Há cerca de sete anos ela trabalha como agente comunitária em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Catanduva (SP) e confecciona tabelas que ajudam a controlar os horários e a quantidade medicamentos.
A finalidade é acompanhar a rotina de tratamento prescrita pelos médicos, proporcionando autonomia e melhor organização aos pacientes.
O plano medicamentoso já era oferecido antes pela Unidade Básica de Saúde (UBS) do município, porém, quando começou a cursar farmácia, a jovem entendeu a importância de um tratamento eficaz e seguro na vida dos pacientes.
“Esse processo já acontecia em algumas unidades do município e basicamente envolve toda a equipe multiprofissional. A responsabilidade do cuidado com a medicação sempre será do profissional farmacêutico, mas o agente comunitário de saúde também participa dessa atividade, elaborando semanalmente as tabelas medicamentosas. É importante salientar a presença do agente nesse trabalho, já que ele trabalha em comunidade e tem acesso ao paciente e a rotina dele”, explica Bruna.
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Durante o acompanhamento, é feita uma análise individual em cada um dos pacientes que são atendidos no local. Justamente para entender a realidade deles e oferecer um método que se adeque às necessidades. Normalmente são pessoas que passam por consultas uma vez por semana ou a cada 15 dias.
O trabalho dos agentes comunitários ajuda nesse processo, pois são eles que fazem o acompanhamento individual dos pacientes:
“Nós temos cerca de 150 agentes comunitários trabalhando em conjunto com os farmacêuticos no município. É o agente que vai para campo, que trabalha em comunidade, que tem mais proximidade e acaba tendo mais proximidade com o paciente, entendendo ele como um todo. Nós entendemos esse paciente no contexto geral dele, o porquê dele não estar aderindo ao tratamento, se está passando por alguma dificuldade financeira, se compreende a doença que ele tem.”
Como funciona
O plano medicamentoso é uma cartolina dividida em tabelas contendo os remédios, com ilustrações indicando manhã, tarde e noite. Apesar de já ser usado antes em outras unidades, o modelo foi modificado pela equipe. Toda semana os profissionais de saúde elaboram 30 tabelas medicamentosas.
Além da planilha, outro tipo de controle de medicamentos é oferecido pela unidade de saúde onde Bruna trabalha. É o “calendário posológico”, que é composto por caixinhas individuais contendo os remédios e uma planilha com o nome dos medicamentos, indicando a hora em que devem ser ingeridos através de etiquetas coloridas.
Dessa forma, os agentes comunitários auxiliam na autonomia dos pacientes e também há um aumento na adesão do tratamento. Os tornando mais conscientes.
“Tudo o que fazemos é sempre pensando no bem do paciente. Na autonomia dele, na possível melhora da qualidade de vida, na adesão ao tratamento. Oferecendo um cuidado integral, entendendo que o paciente precisa de atenção, tratamento humanizado e efetivo”, Bruna finaliza.
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