Professores do ICTQ destacam o papel do farmacêutico clínico nas novas diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) divulgou, no último 12 de abril, as novas recomendações para medição da pressão arterial (PA) em casa e no consultório. As “Diretrizes Brasileiras de Medidas da Pressão Arterial Dentro e Fora do Consultório” foram elaboradas por 67 especialistas e indicam que a verificação feita pelo médico durante as consultas não deve ser a única referência para fechar o diagnóstico de hipertensão, pois ela pode sofrer alterações que escondem quadros de pressão alta. Logo, os níveis alcançados em casa com exames específicos também devem ser considerados.

A orientação foi feita para médicos e profissionais da saúde – portanto, nada muda para os pacientes, apenas para quem realiza o atendimento. Segundo a SBC, a hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco modificáveis para morbidade e mortalidade em todo o mundo, sendo um dos maiores fatores de risco para doença arterial coronária, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal.

A Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA), a Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA) e a Automedida da Pressão Arterial (AMPA) são as principais metodologias para se monitorar a pressão arterial fora do consultório médico. Essas técnicas ajudam na elaboração de um diagnóstico mais preciso e assertivo para identificar os casos de hipertensão.

Com as novas diretrizes, o objetivo é detectar as variações comuns como a hipertensão do avental branco (HAB), hipertensão mascarada (HM), alterações da pressão arterial no sono e hipertensão arterial resistente (HAR), condições não detectadas com acompanhamento restrito aos consultórios.

“As diretrizes não impactam em nada o que os farmacêuticos já faziam. Um ponto interessante e que merece relevância é a recomendação de que a PA seja medida antes e durante a execução dos exercícios em hipertensos mal controlados e/ou com resposta hiper-reativa ao exercício. No tocante, essas novas diretrizes representam um avanço significativo no diagnóstico e manejo da hipertensão arterial. Como farmacêutico, vejo essas mudanças como uma oportunidade para aprimorar o atendimento aos pacientes em farmácias e drogarias”, fala o mestre em Farmacologia, Toxicologia e Produtos Naturais e professor do ICTQ - Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Clézio Abreu.

Para ele, a padronização dos procedimentos de aferição garante que as medições sejam mais precisas e confiáveis, contribuindo para diagnósticos mais assertivos. Além disso, o uso de dispositivos validados e a atenção à posição e repouso do paciente durante a medição reforçam a importância da qualidade técnica no atendimento.

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Segundo Abreu, a ênfase na automonitorização domiciliar da pressão arterial oferece ao farmacêutico a chance de atuar como educador, orientando os pacientes sobre como realizar corretamente as medições em casa e interpretar os resultados. Isso incentiva um papel mais ativo dos pacientes no controle de sua condição.

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“As diretrizes também destacam a monitorização ambulatorial da pressão arterial como uma estratégia eficaz para obter um perfil mais abrangente da pressão arterial ao longo do dia. Oferecer esse serviço nas farmácias pode ser uma maneira de expandir os cuidados prestados à comunidade”, garante Abreu.

Farmácia tem papel central no acompanhamento do sucesso terapêutico dos pacientes

O PhD em Farmacologia e professor do ICTQ, Thiago de Melo, reforça que o documento produzido pela SBC é muito importante para poder definir estratégias de melhora da avaliação da pressão arterial de pacientes, que não está apenas confinada dentro dos consultórios, como acontecia há 30, 40 anos.

“Felizmente, chegamos agora numa época em que a farmácia tem um papel central no acompanhamento do sucesso terapêutico dos pacientes, uma vez que é possível medir a pressão arterial. É uma grande vitória observarmos isso no documento, onde um dos itens citados é a relevância do acompanhamento da pressão arterial nas farmácias. Lembro-me de que, quando me formei, havia a recomendação de não ter nem estetoscópio nas farmácias com a possível chance de sermos punidos pelos próprios conselhos que proibiam, até mesmo por uma influência forte do ato médico na época”, cita Melo.

O acompanhamento da medida da pressão arterial em farmácias não resulta somente pelo sucesso do controle, mas também para evitar a chance de hipotensão postural que muitos idosos apresentam. “Na iminência de mudanças de prescrição, adição de novos fármacos ou interações medicamentosas, alguns pacientes pelos riscos de hipotensão podem desenvolver chance de queda e que traz diversas sequelas para ele e para os seus familiares com chance de mortalidades, infelizmente”, finalliza Melo.

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