Prevenção da doença é baseada em evitar o contato com o carrapato-estrela; confira as medidas recomendadas.
Febre alta, dor de cabeça e no corpo, mal-estar generalizado e náuseas são alguns dos sintomas que podem indicar a febre maculosa. A semelhança dos sinais com os de outras doenças, como a dengue, podem atrasar o diagnóstico e o início do tratamento.
A febre maculosa, causada por bactérias do gênero Rickettsia, tem sido registrada em áreas rurais e urbanas do Brasil. A transmissão acontece a partir da picada do carrapato-estrela. O estado de São Paulo registrou três mortes pela doença, em pessoas que estiveram em um mesmo evento em Campinas. Um quarto óbito suspeito é investigado.
Para reduzir os riscos da infecção, os carrapatos devem ser removidos do corpo com cuidado, como orienta a médica infectologista Luana Araújo.
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“Na hora de tirar, lembrando que a bactéria está na saliva do carrapato, se apertarmos ou esmagarmos, ele pode inocular mais saliva ainda e a gente pode entrar em mais contato com bactérias capazes de causar doença. A ideia é retirar delicadamente com uma pinça, você torce ele até que essa boca consiga sair da pele. Não queimar, não esmagar, não fazer nada disso para tirar ele dali”, explica Luana em entrevista à CNN nesta quarta-feira (14).
A maior concentração de casos da doença é nas regiões Sudeste e Sul do país. O período de incubação da febre maculosa, ou seja, tempo da infecção até manifestação dos primeiros sintomas, é de 2 a 14 dias, mas varia de acordo com cada pessoa.
Em geral, entre o segundo e o sexto dia, podem surgir manchas vermelhas pelo corpo principalmente na região das mãos e pés. Embora seja o sinal clínico mais importante, as manchas vermelhas podem não aparecer, o que pode dificultar ou retardar o diagnóstico e o tratamento.
“Os sintomas começam de 2 a 14 dias do contato com o carrapato. É importante entender que o carrapato-estrela precisa ficar na pele do paciente por mais de 4 horas se alimentando para que tenha a oportunidade de inocular a bactéria no corpo. Para se proteger, uma das coisas é inspecionar o próprio corpo quando se está em áreas rurais ou áreas de transmissão conhecidas, como é a região de Campinas”, diz a infectologista.
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