O mapa para a realização do atendimento clínico farmacêutico com a profª Tati Mota

O mapa para a realização do atendimento clínico farmacêutico com a profª Tati Mota

O atendimento clínico farmacêutico prioriza o paciente e as suas necessidades. Entre o profissional e o paciente há, com certeza, o medicamento, mas é preciso que haja também a resolução do problema que está sendo apresentado.

De acordo com a farmacêutica generalista com mestrado e doutorado em Farmacologia e professora do ICTQ - Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Tatianne Mota, a prática clínica humaniza o atendimento farmacêutico. Dessa forma, mesmo o profissional que atende no balcão da farmácia pode exercer a clínica, desde que tenha conhecimento necessário para tal.

Esse atendimento, segundo Tatianne, precisa de clareza e direcionamento. Muitos farmacêuticos saem da graduação com a falsa premissa de que adquiriram todo o conhecimento necessário para o exercício profissional, mas é preciso sempre mais. “[O atendimento clínico farmacêutico] é humanizado, porque foca no paciente e nós devemos ser profissionais de saúde. O farmacêutico não pode ser confundido com um entregador de caixinha. Nós dispensamos medicamentos, atendemos, prescrevemos. Cada um dos farmacêuticos precisa saber desse propósito”, afirma a professora.

Os três pilares do atendimento clínico farmacêutico são:

  1. Desenvolvimento do raciocínio clínico;
  2. Farmacologia clínica;
  3. Posicionamento farmacêutico.

Segundo Tatianne, para o desenvolvimento do raciocínio clínico é fundamental que o farmacêutico conheça, principalmente, os transtornos menores. Profissionais que atendem em farmácia comunitária, por exemplo, irão encontrar um público geral com demandas sobre emagrecimento, hipertrofia, entre outros, ou seja, ao compreender transtornos menores torna-se mais fácil a condução do tratamento para a resolução do problema apresentado pelo paciente. É sempre válido ressaltar que, ao farmacêutico, não cabe fazer diagnóstico de doenças.

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“[Farmacêutico] lembre-se de que você é um resolvedor de problemas, e dentro desse raciocínio clínico você precisa desenvolver as habilidades de comunicação. [A comunicação] faz parte de todo atendimento clínico desde o momento em que você chega no acolhimento até quando você vai se despedir do seu paciente, e no atendimento clínico essas habilidades irão gerar conexão com seu paciente. Quando você gera essa conexão, o paciente volta, ele quer ser atendido por você, ele quer ir na sua farmácia, ele quer ir no seu consultório”, explica Tatianne.

A professora também menciona a anamnese farmacêutica e a análise situacional. O farmacêutico deve analisar os dados coletados na entrevista com o paciente, e são esses dados que mostrarão qual o caminho a seguir: Deve haver encaminhamento? O que será prescrito? Será uma prescrição farmacológica ou não farmacológica? Ao construir corretamente esta primeira etapa, a trajetória até o medicamento que será prescrito será mais exitosa.

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Comunicação verbal e não verbal

Ainda sobre comunicação, Tatianne esclarece que o objetivo é tornar algo comum, compartilhar. Na farmácia ou no consultório não é diferente. O relacionamento do farmacêutico com o paciente visa à resolução de um problema, mas também cria uma conexão entre ambos. E nesse processo, leva-se em consideração a comunicação verbal e não verbal do farmacêutico, quando sua fala e tom de voz devem estar alinhados à sua postura corporal, até mesmo o gestual.

Para o paciente, é importante que o farmacêutico se mostre interessado no que ele está relatando. A pessoa que procura a farmácia ou o profissional farmacêutico, muitas vezes, quer se sentir acolhida. Nesse cenário, também é importante que o farmacêutico esteja bem-vestido, com jaleco alinhado, se colocando como o profissional de saúde que é. O cuidado do profissional consigo mesmo faz diferença sobre a conexão que será criada com o paciente.

“O jaleco, a vestimenta [do farmacêutico] é uma comunicação não verbal e isso mostra que [se está diante de] uma área de saúde. Nós temos que colocar que a farmácia é um estabelecimento de saúde e uma pessoa de jaleco está vendendo a imagem dela. Algo importante é destacar quem é o farmacêutico na farmácia, pois existem pessoas que não sabem, entram na farmácia e não reconhecem o profissional farmacêutico. Preste atenção no que você quer comunicar, como você quer ser visto. Como uma pessoa atende de jaleco sujo? Como você vai realizar a [prática] clínica estando desleixado?”, questiona a professora.

Escuta ativa

Nos recursos de comunicação junto ao paciente também é imprescindível que os farmacêuticos exerçam a escuta ativa, ouvir o paciente sem interrompê-lo, deixar que ele faça um relato espontâneo, e durante a conversa saber fazer os questionamentos necessários, como o papel de um investigador. Não se pode ter pressa para realizar um atendimento clínico de qualidade e com assertividade

“[Além disso] temos obrigação de saber evidências clínicas para tomar decisões assertivas. Eu preciso saber qual é o problema do meu paciente e quando eu vou resolvê-lo. É preciso ter evidências, e para isso temos bancos de dados, artigos científicos, temos que aprender a sempre estar procurando, estudando. Quando você está guiando o seu paciente, você também precisa saber falar de uma forma que ele compreenda, e não somente usar termos difíceis, técnicos. Não é a fala bonita que traz autoridade, mas esta é construída. E no momento em que você está comunicando, deve ter cuidado com julgamentos na fala. Precisamos saber organizar e aprender a pensar antes de falar sem intencional”, garante a professora.

Tatianne reforça que é necessário deixar o paciente à vontade, chamá-lo pelo nome, perguntar o que trouxe ele ao consultório ou à farmácia. Tudo isso faz com que ele tenha uma impressão positiva.

Quer saber mais sobre o mapa para a realização do atendimento clínico farmacêutico? Assista agora mesmo a webaula com a professora do ICTQ, Tatianne Mota.

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