Com o intuito de contribuir com a imunização nacional, as redes de farmácias privadas estão negociando com o Ministério da Saúde (MS) a utilização de cerca de 5.500 salas de vacinação para aplicar os imunizantes contra a Covid-19 pelo País.
A iniciativa se dará por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme divulgou O Tempo. De acordo com o veículo, a confirmação da negociação foi dada pela Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). A entidade estima que, se a medida for adotada, as farmácias privadas poderão aplicar até 10 milhões de vacinas por mês no Brasil.
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Cabe lembrar que uma iniciativa assim já está em ação pela Drogaria São Paulo, que, desde março passado fez um acordo com a prefeitura da capital paulista para aplicar as vacinas contra o novo coronavírus em suas lojas.
Além do apoio na vacinação, a entidade também tem planos de desenvolver um aplicativo para notificar os cidadãos sobre o momento de se vacinar e os locais disponíveis para a imunização. E, por fim, os 40 centros de armazenamento das grandes redes de farmácias brasileiras ficarão à disposição do MS.
Farmacêuticos vacinadores
A iniciativa das farmácias privadas ocorre em um momento em que os farmacêuticos acabaram de receber autorização para atuar na campanha nacional de imunização contra a Covid-19. A permissão foi concedida pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), conforme noticiamos ontem (05/04).
A autorização é aplicável aos farmacêuticos habilitados em aplicação de injetáveis e que têm inscrição no Conselho. Embora a medida seja recém-aprovada, a iniciativa não surpreendeu os profissionais farmacêuticos, que já esperavam por essa mudança.
Em recente entrevista à equipe de reportagem do ICTQ - Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, o farmacêutico Mikael Flambertto defendeu que os profissionais da classe seriam essenciais para ajudar na imunização contra a Covid-19 no País, seja no calendário nacional, ou em outras ações.
“Acredito que se os farmacêuticos estiverem capacitados, eles poderão dar um respaldo enorme na imunização da população. Eles deverão, inclusive, trabalhar como vacinadores na campanha do Calendário Nacional de Imunização ou em outras iniciativas que, com certeza, irão surgir, porque o Ministério da Saúde (MS) vai precisar bastante”, disse o especialista, que também ministra aulas no Programa de Habilitação de Farmacêuticos em Vacinação do ICTQ.
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