Os farmacêuticos brasileiros receberam autorização para atuar na campanha nacional de vacinação contra a Covid-19 no Brasil, seja em instituições públicas ou privadas. A permissão foi concedida pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), e divulgada nesta terça-feira (04/05), por meio de resolução publicada no Diário Oficial da União.
Entre os motivos para a adoção da medida, o Conselho citou o estado de emergência em saúde pública de âmbitos internacional e nacional. E destacou, ainda, a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que os países redobrem o comprometimento para conter a pandemia do coronavírus.
Ao mesmo tempo, a medida também leva em consideração o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, assim como a excepcionalidade e a necessidade de ampliação de postos de vacinação em todo o Brasil.
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A resolução pontua que a autorização é aplicável aos farmacêuticos habilitados em aplicação de injetáveis e que têm inscrição no Conselho, conforme atesta no texto do documento:
“Art. 1º - Fica autorizado ao farmacêutico inscrito no Conselho Regional de Farmácia, com habilidade em aplicação de injetáveis, em participar da campanha de vacinação contra a Covid-19, realizada por instituições públicas ou privadas”.
A autorização está em vigor desde a data de publicação da resolução e é válida para todo o território nacional.
Medida já era esperada por classe farmacêutica
Embora a resolução seja recém-aprovada, a iniciativa não surpreendeu os profissionais farmacêuticos, que já esperavam por essa mudança.
Em recente entrevista à equipe de reportagem do ICTQ - Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, o farmacêutico Mikael Flambertto defendeu que os profissionais da classe seriam essenciais para ajudar na imunização contra a Covid-19 no País.
Na ocasião da entrevista, o Brasil sequer tinha iniciado a campanha de vacinação. No entanto, Flambertto foi categórico ao pontuar que não demoraria muito para que os farmacêuticos habilitados fossem recrutados para atuar na futura imunização nacional.
“Acredito que se os farmacêuticos estiverem capacitados, eles poderão dar um respaldo enorme na imunização da população. Eles deverão, inclusive, trabalhar como vacinadores na campanha do Calendário Nacional de Imunização ou em outras iniciativas que, com certeza, irão surgir, porque o Ministério da Saúde (MS) vai precisar bastante”, disse o especialista, que também ministra aulas no Programa de Habilitação de Farmacêuticos em Vacinação do ICTQ.
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