Um farmacêutico do Aurora Medical Center, hospital de Wisconsin, Estados Unidos, foi preso no último dia de 2020 sob suspeita de sabotar mais de 500 doses da vacina contra o novo coronavírus ao retirá-las do refrigerador de propósito para que elas se estragassem, disseram autoridades médicas e a polícia, conforme apurou a Agência Reuters.
Foram encontrados 57 frascos da vacina fora da refrigeração – cada frasco contém 10 doses. Mais de 500 doses foram descartadas posteriormente e as 57 pessoas que receberam as vacinas já ineficazes terão que receber o imunizante novamente. Elas já foram notificadas, segundo as autoridades.
A Moderna, fabricante da vacina, garantiu ao hospital que receber uma injeção das doses removidas da refrigeração não traz nenhum risco além de deixar o paciente desprotegido contra a Covid-19, revelou o presidente do Aurora Health Care Medical Group, Jeff Bahr.
Em entrevista coletiva on-line no dia 31, Bahr afirmou que não há evidências de que o farmacêutico tenha adulterado as vacinas além de retirá-las da refrigeração, ou de que qualquer outra dose tenha sido alterada.
O motivo pelo qual o farmacêutico acusado inutilizou o medicamento ainda não foi esclarecido. Ele foi demitido imediatamente, mas não teve o nome divulgado. Em nota, a polícia de Grafton disse que o profissional “sabia que as vacinas estragadas seriam inúteis e que as pessoas que as recebessem pensariam que foram vacinadas contra o vírus, quando na verdade não foram”.
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Ao ser questionado depois que os frascos perdidos foram descobertos, em 26 de dezembro, o farmacêutico disse inicialmente que foi um erro inadvertido, mas durante uma análise mais aprofundada do assunto, admitiu, no dia 30, ter intencionalmente removido a vacina da refrigeração, disseram funcionários do hospital, conforme a Reuters.
O farmacêutico foi autuado criminalmente por arriscar a segurança de forma imprudente, adulterar um medicamento prescrito e promover danos à propriedade, informou a polícia.
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