Após o lançamento da sua primeira vacina contra o novo coronavírus (Covid-19), a Rússia planeja lançar sua segunda substância imunizante, que foi desenvolvida pelo instituto de virologia Vector da Sibéria. Segundo a vice-primeira-ministra russa, Tatiana Golikova, a previsão é que o novo antígeno seja aprovado em outubro de 2020.
A revelação foi feita durante uma transmissão pela TV, na quarta-feira (27/08), segundo informações divulgadas pela Agência Reuters. "Até hoje não houve complicações entre os vacinados na primeira e na segunda fase dos testes", disse ela ao presidente Vladimir Putin.
No início de agosto de 2020, a Rússia conseguiu se tornar o primeiro país em todo o mundo a aprovar um antígeno contra a Covid-19, mesmo a substância imunizante tendo sido submetida por apenas dois meses de testes em humanos.
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Intitulada de ‘Sputnik V’ em homenagem ao primeiro satélite do mundo, considerado um feito da antiga União Soviética, a vacina recebeu muitos elogios das autoridades daquele país, que consideraram o antígeno eficaz e seguro.
Na ocasião, o anúncio foi feito pelo presidente russo. "Esta manhã, pela primeira vez no mundo, foi registrada uma vacina contra o novo coronavírus. Sei que é bastante eficaz, que dá uma imunidade duradoura", disse Putin, em coletiva à imprensa, apesar do ceticismo internacional. “Uma das minhas filhas tomou esta vacina. Acho que ela participou nos experimentos”, completou ele.
Putin ainda garantiu a eficácia do antígeno: "Gostaria de repetir que passou em todos os testes necessários. O mais importante é garantir a segurança total do uso da vacina e sua eficácia”, declarou.
Opinião de entidades
Apesar do otimismo dos russos com a segunda potencial vacina contra a Covid-19, a comunidade científica internacional tem emitido alertas de que a pressa em começar a usar um antígeno antes da fase 3 de testes, que normalmente duram meses, pois, envolve milhares de pessoas, pode ser um problema.
Segundo o UOL, recentemente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) iniciou conversas com a Rússia para tentar saber mais informações sobre a vacina que o país lançou contra a doença.
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