O Canadá autorizou nesta semana o uso do antiviral remdesivir em casos graves de pacientes com a Covid-19. União Europeia (UE) também fechou contrato com a Gilead Sciences, fabricante do antiviral, e acordo atenderá cerca de 30 mil pacientes no bloco a partir de agosto.
Ao menos dois grandes estudos nos Estados Unidos demonstraram que o medicamento pode reduzir o tempo de internação de pacientes com o novo coronavírus, informa a agência France-Press (AFP).
As doses a serem usadas no Canadá serão produzidas pela companhia norte-americana que desenvolveu o medicamento, a Gilead. “O remdesivir é a primeira droga que a Agência de Saúde do Canadá autoriza para o tratamento da Covid-19”, informou a pasta, conforme a AFP.
De acordo com a Agência de Saúde canadense, o remdesivir só poderá ser utilizado em pacientes com Covid-19 que apresentarem pneumonia e tiverem a necessidade de mais oxigênio para respirar.
Após dois grandes estudos demonstrarem que o medicamento pode reduzir o tempo de internação de pacientes com o novo coronavírus, Washington autorizou em maio o uso do antiviral em casos de emergência.
Vários países asiáticos, incluindo Japão e Coreia do Sul, seguiram o mesmo caminho e autorizaram o uso da droga, originalmente criada e testada (sem sucesso) para o tratamento do Ebola.
Europa também vai utilizar medicamento
A Comissão Europeia (CE) anunciou nesta semana também que fechou acordo com a Gilead para o uso do remdesivir em cerca de 30 mil pacientes em casos graves de Covid-19 na União Europeia a partir de agosto, segundo a Reuters.
É o primeiro medicamento autorizado oficialmente pela União Europeia para tratar o novo coronavírus. “Isso deve ajudar a cobrir as necessidades dos próximos meses, garantindo uma distribuição justa na UE”, revelou o comunicado da Comissão Europeia, informou a Reuters.
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O contrato, de 63 milhões de euros (R$ 388 milhões), disponibilizará aos 27 integrantes da UE e ao Reino Unido no início de agosto doses de remdesivir, vendido com a marca Veklury, da Gilead. A CE prepara, ainda, uma licitação conjunta para reservas adicionais do remdesivir, com o objetivo de garantir o uso do medicamento após outubro.
Antes, no começo de julho, a UE já havia autorizado provisoriamente o uso do remdesivir para adultos e adolescentes, a partir dos 12 anos, que estivessem com pneumonia e necessitassem de oxigênio.
A Gilead Sciences revelou cerca de um mês atrás que o antiviral também contribuiria para a melhora de pessoas que apresentaram estágio moderado do novo coronavírus.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou no fim de junho o estudo com remdesivir com 105 pacientes hospitalizados com pneumonia grave causada pelo novo coronavírus. A autorização foi solicitada pela empresa PPD Pesquisa Clínica, segundo o Estadão.
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