Na madrugada desta sexta-feira (17), bandidos invadiram uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Betim, na Região Metropolitana da Belo Horizonte (MG). Na ação, os meliantes além de roubar equipamentos, colocaram fogo na farmácia do posto.
O ato criminoso e de vandalismo, ocorrido em meio à pandemia do novo coronavírus, chocou moradores da região. Os bandidos arrombaram a unidade de saúde, roubaram um dos computadores, picharam as paredes e incendiaram farmácia do local, que estava repleta de medicamentos, segundo revelou o jornal O Tempo.
Segundo o comandante da Guarda Municipal de Betim, Anderson Reis, os danos causados à unidade ainda não foram contabilizados pela guarda e as polícias Civil e Militar. “Os suspeitos quebraram uma janela e abriram o basculante. Roubaram um dos computadores e colocaram fogo onde estavam os medicamentos. Para controlar as chamas, os bombeiros tiveram que quebrar algumas vidraças da unidade. Mas ainda há outros prejuízos que estamos contabilizando”, revelou ao jornal.
De acordo com o prefeito de Betim, Vittorio Medioli, a população está revoltada com o ocorrido e as autoridades estão empenhadas para encontrar os meliantes. “Teve início uma operação para pegar esses infelizes. E não vai parar enquanto não pegá-los, porque eles são um perigo para a sociedade. Um serviço público dessa grandeza, que dispensa medicamentos e assistência a toda a população não pode ser vandalizado assim. Eles têm que ser retirados da sociedade e colocados em uma cadeia o tempo necessário para saber que isso não se faz”, salientou o prefeito.
Violência também atinge varejo farmacêutico
Em todo o Brasil, o varejo farmacêutico tem sofrido com dois problemas: o furto externo e os assaltos à mão armada. Os produtos que mais chamam a atenção são os de maior valor agregado e de fácil comercialização paralela. No ranking dos medicamentos mais roubados estão também analgésicos e anti-inflamatórios. Medicamentos contra disfunção erétil, protetores solares e produtos de higiene pessoal, como desodorantes e lâminas de barbear, também estão entre os principais alvos, apontam dados da Pesquisa de Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro, elaborada anualmente pela Ibevar/Provar. No caso de assalto, também há furto de dinheiro.
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Segundo a Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe), não há existem pesquisas sobre qual foi o investimento médio do setor, nos últimos anos, com soluções contra furtos externos, mas a experiência da associação aponta para um percentual de 0,5% sobre o faturamento, já incluso todos os investimentos em tecnologias, mão de obra e serviços.
Os equipamentos de segurança mais utilizados pelas farmácias ainda são as tradicionais câmeras de segurança, sobretudo nos caixas e nas áreas de maior potencial de furto. As antenas colocadas nas entradas das farmácias, com as respectivas etiquetas eletrônicas aplicadas nos produtos, principalmente nos de maior risco, também são muito utilizadas.
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