A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta às secretarias estaduais de Saúde e às diretorias e superintendências de Vigilância Sanitária sobre a possibilidade de adulteração da vacina CoronaVac, usada contra o coronavírus (Covid-19). A informação foi divulgada pela entidade na segunda-feira (29/06).
De acordo com o órgão sanitário, "desde maio [deste ano], técnicos da Agência investigavam um possível episódio de falsificação, notificado no Estado do Maranhão. Durante a investigação, o Instituto Butantan foi contatado para avaliar o produto suspeito, confirmando que este não mantinha mais suas características originais".
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A Agência revela ainda que, "com a apuração, houve reaproveitamento de um frasco vazio de CoronaVac para introdução de um líquido diferente do da vacina dentro do recipiente, bem como o uso de uma cola para fixar o lacre de alumínio à tampa".
Nesse sentido, a Anvisa pede que os profissionais responsáveis pela aplicação do antígeno fiquem atentos aos frascos, observando se esses produtos estão com suas características originais mantidas e os dispositivos de segurança intactos.
"A Agência recomenda, ainda, que os frascos sejam inutilizados após esvaziados e que qualquer irregularidade seja comunicada à Anvisa via Notivisa", destaca a entidade.
Eficácia da vacina
Lembrando que a CoronaVac já teve sua eficácia e segurança atestadas pela Anvisa, sendo uma das principais vacinas utilizadas no combate ao vírus em território nacional. Nesse sentido, é preciso ficar claro que o alerta da Anvisa é relacionado apenas a uma possível adulteração em alguns frascos do antígeno.
Em recente vídeo publicado no canal do YouTube do ICTQ - Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, o gerente da Agência, Gustavo Mendes, explicou um pouco sobre como funciona o processo de aprovação de vacinas.
“Precisa ficar claro que eficácia é o quanto a vacina funciona, seja para prevenir a infecção pelo vírus ou para prevenção de formas graves da doença. Essa eficácia é constatada quando a gente compara as pessoas que tomaram a vacina versus aquelas que fizeram uso de um placebo em um estudo clínico”, destaca.
Ele continua: “Então, ao final, se faz um cálculo de percentual de eficácia, que para a Anvisa é de, no mínimo, 50% para a vacina ser considerada aprovada. Já no caso da segurança é avaliado o quanto esse antígeno pode causar danos ou malefícios às pessoas”, completou Mendes, que também é professor na pós-graduação de Assuntos Regulatórios do ICTQ.
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