Em nota técnica publicada nesta terça-feira (08/06), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertou que os testes para diagnóstico de Covid-19 disponíveis no mercado não devem ser utilizados para atestar o nível de proteção contra o novo coronavírus após a vacinação contra a doença.
Conforme divulgado no site institucional, a entidade afirma que os testes não têm essa finalidade. Desta forma, a Agência pontuou que “é importante ressaltar para a população que os produtos atualmente registrados no Brasil possibilitam apenas a identificação de pessoas que tenham se infectado pelo Sars-CoV-2”.
Receba nossas notícias por e-mail: Cadastre aqui seu endereço eletrônico para receber nossas matérias diariamente
Assim, os testes disponíveis não foram avaliados para verificar o nível de proteção contra a Covid-19. Além disso, a Anvisa ressalta que, mesmo quando usados para a finalidade correta, os resultados fornecidos pelos testes só devem ser interpretados por profissionais de saúde. Confira a nota técnica 33/2021 completa aqui.
Falta de embasamento científico
A Anvisa destacou que, até o momento, não há definição quanto à quantidade mínima de anticorpos neutralizantes para conferir proteção imunológica contra a Covid-19 e suas variantes. E é categórica: “os testes para diagnóstico não podem ser utilizados para determinar proteção vacinal”.
Além disso, a entidade endossa que falta embasamento científico que correlacione a presença de anticorpos contra o vírus no organismo e a proteção da reinfecção. Sendo assim, nenhum resultado de teste de anticorpo deve ser interpretado como garantia de imunidade e nem indicar algum nível de proteção à doença.
E defende que independentemente do resultado de qualquer teste, a população deve continuar seguindo todas as orientações e os cuidados preventivos contra a Covid. A Agência pondera, também, que a ciência não tem conhecimento quanto à quantidade mínima de anticorpos para indicar imunidade vacinal e sua durabilidade.
“Sendo assim, o uso dos produtos disponíveis com a finalidade de avaliar o efeito da vacina pode acarretar uma análise incorreta dos resultados e levar a comportamento de risco devido à falsa sensação de proteção a partir do resultado do ensaio”.
A Anvisa explica que, caso o resultado de um teste de anticorpo for interpretado incorretamente, “há um risco potencial de que as pessoas não adotem medidas preventivas contra a exposição ao Sars-CoV-2, aumentando a possibilidade de infecção e disseminação do vírus”.
Medidas preventivas devem continuar
Ao que indica, o informativo da Anvisa é justamente para evitar que as pessoas tenham uma falsa sensação de que estão imunizadas, após realizar algum tipo de teste e exponham-se a riscos.
Recentemente, o gerente-geral da Gerência Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos (GGMED) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gustavo Mendes, explicou a importância da população manter todos os cuidados preventivos para minimizar as chances de contaminação.
Mendes, que também é professor no ICTQ - Instituto de Pesquisa e Tecnologia para o Mercado Farmacêutico, na Pós-graduação de Assuntos Regulatórios, alertou: “A recomendação é: mesmo vacinado, mantenha o distanciamento social, use máscara e use álcool em gel para a desinfecção das mãos e do corpo”, defendeu ele, na série exclusiva Farmacêuticos pela Vacina, no canal do Youtube do ICTQ. Confira o vídeo completo aqui.
Participe também: Grupos de WhatsApp e Telegram para receber notícias farmacêuticas diariamente..
Obrigado por apoiar o jornalismo profissional
A missão da Agência de notícias do ICTQ é levar informação confiável e relevante para ajudar os leitores a compreender melhor o universo farmacêutico. O leitor tem acesso ilimitado às reportagens, artigos, fotos, vídeos e áudios publicados e produzidos, de forma independente, pela redação da Instituição. Sua reprodução é permitida, desde que citada a fonte. O ICTQ é o principal responsável pela especialização farmacêutica no Brasil. Muito obrigado por escolher a Instituição para se informar.