Em meio ao surto ocasionado pelo novo coronavírus (Covid-19), muitas farmácias em todo o Brasil estão adotando protocolos de segurança para preservar a saúde dos pacientes e dos funcionários. No Rio de janeiro, por exemplo, alguns estabelecimentos colocaram um cordão de isolamento como medida de contenção à proliferação do vírus.
Ao menos três redes adotaram a medida para suas instalações, entre elas a Droga Raia, que desenhou uma faixa no chão a fim de garantir a distância mínima de um metro, recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), conforme informação divulgada no G1. Já outra farmácia, no bairro de Botafogo, montou uma barreira com estantes no balcão de dispensação de medicamentos que exigem receita.
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Em São Paulo (SP), várias medidas de contenção ao vírus também têm sido adotadas nos estabelecimentos farmacêuticos. Em uma visita à Drogaria Carrefour Interlagos, a equipe de jornalismo do Portal do ICTQ - Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico foi surpreendida, na entrada, por uma funcionária que estava medindo a temperatura dos pacientes, antes de eles entrarem no local. Além disso, todos os funcionários também estão seguindo as recomendações da OMS, fazendo uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs).
Vale ressaltar que, após um artigo de opinião ter sido publicado, recentemente, no Portal de conteúdo do ICTQ, centenas de farmacêuticos começaram a se manifestar, por meio das redes sociais, e também por mensagens privadas, dando depoimentos, principalmente, com relação à falta de EPIs nos estabelecimentos em que trabalham.
Nesse sentido, a farmacêutica, Tayane Duarte, afirmou que a farmácia onde ela trabalha recomendou, a quem quiser, comprar e usar os próprios EPIs, mas que a OMS diz que não são necessários. No entanto, vale destacar que, em recente entrevista ao jornal El País, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, falou da importância do uso dos equipamentos para auxiliar na proteção dos profissionais de saúde.
“Sem cadeias de suprimento seguras, o risco para os trabalhadores da saúde em todo mundo é real. A indústria e os governos devem agir rapidamente para aumentar a oferta, aliviar as restrições à exportação e adotar medidas para deter a especulação e o acúmulo em estoques. Não podemos deter a Covid-19 sem proteger primeiro os trabalhadores da saúde”, disse ele, ao veículo.
A farmacêutica, Aureliana Souza, também afirmou que seus empregadores não querem que os farmacêuticos usem máscaras para não assustar os clientes. Outro farmacêutico, Martins Marcelo, mencionou que sua chefia o acusava de ser o único a pedir EPI para trabalhar, e que não iria comprar porque esses equipamentos estavam caros e que iriam causar pânico nos clientes (veja mais depoimentos na matéria publicada no Portal do ICTQ aqui).
É importante ressaltar que as medidas de contenção ao novo coronavírus em farmácias são apoiadas, inclusive, pelo Ministério da Saúde (MS). Recentemente, o Programa Farmácia Popular do Brasil, criado com o objetivo de oferecer o acesso da população aos medicamentos considerados essenciais, adotou vários protocolos de proteção recomendados pela OMS, em virtude da emergência de saúde pública, ocasionada em decorrência da pandemia.
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