Assim como muitas empresas, o banco Santander, que perdeu um dos seus principais executivos em Portugal, para a Covid-19, está incentivando os usuários de medicamentos a utilizar o delivery das farmácias brasileiras para evitar aglomerações e, assim, minimizar o contágio pelo novo coronavírus.
Para isso, a instituição lançou na televisão propaganda para as pessoas usarem o serviço de entrega dos estabelecimentos farmacêuticos para evitar que eles saiam de casa, contraiam o vírus e, por consequência, contaminem também os profissionais de saúde.
Na campanha de TV proposta pelo banco, o cliente tem 12% de desconto nas compras on-line em qualquer farmácia parceira do seu programa de fidelidade, além de ganhar pontos extras nesse plano.
A instituição tem um motivo particular para o engajamento: o presidente do conselho de administração do banco de origem espanhola, em Portugal, António Vieira Monteiro, morreu, aos 73 anos, em 18 de março, por complicações decorrentes da infecção provocada pelo novo coronavírus. Monteiro assumiu a presidência do conselho do Santander Totta em 2019, após sete anos como presidente-executivo.
Vieira Monteiro, segundo a imprensa portuguesa, teria contraído a doença na Itália. Ele foi a segunda vítima da Covid-19 em Portugal. Uma das suas filhas teria contraído também a doença, segundo a declaração de condolências de Ana Botín, presidente mundial do banco Santander, em nota publicada no Linkedin e divulgada pelo site Idealista, de Portugal.
Delivery de medicamentos tem alta
Em meio ao surto do novo coronavírus no mundo, as farmácias têm sido muito procuradas pela população. Como a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é evitar aglomerações, muitas pessoas estão optando pelo serviço de delivery de medicamentos. Com isso, muitos estabelecimentos até tiveram que ampliar seu quadro de funcionários, no sentido de atender à alta demanda dos pedidos de entrega dos pacientes. Além dos pedidos por telefone, muitos pacientes estão fazendo solicitações pela internet, por meio de sites de redes de farmácias.
Segundo especialistas, o serviço de entrega de medicamentos em casa deve ser adotado em todas as farmácias. Para o professor da área de saúde, Cássio Rossi, além de funcionar como medida de contenção à proliferação do vírus, no sentido de proteger à população, a iniciativa também auxilia na segurança dos profissionais que trabalham nos estabelecimentos de saúde.
"Precisamos orientar a população que, em caso de suspeita, mesmo que seja uma gripe, a pessoa possa pedir o medicamento da sua casa. Para que pessoas que estão lá para servir e atender [os farmacêuticos e outros funcionários] não sejam infectadas com essa doença que tem um poder de infecção talvez nunca visto na história da medicina. Por isso, temos que evitar as aglomerações, mas também devemos tomar esses cuidados extras”, revela Rossi.
Assista ao vídeo do banco aqui:
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