3 lições do Papa Francisco para se tornar um líder Farmacêutico

Atributos ligados à liderança fazem parte do rol de vantagens competitivas que garantem as melhores colocações profissionais do mercado farmacêutico. Um profissional capaz de influenciar de forma positiva as pessoas de seu entorno, se destacará em qualquer carreira farmacêutica. A capacidade de liderar é, por exemplo, a característica mais cobiçada pelos principais headhunters do mercado farmacêutico brasileiro.

No entanto, não é só no mercado que a liderança é valorizada. Isso também acontece no mundo religioso e político, onde o Papa Francisco se coloca como um dos maiores expoentes na arte de liderar. O argentino Jorge Mario Bergoglio, nome de nascença de Sua Santidade, é o 266º Papa da Igreja Católica e atual Chefe de Estado do Vaticano, o qual mantém relações diplomáticas com países de todo o mundo. O sucessor de Pedro comanda uma organização religiosa coesa e transnacional, que vem existindo há aproximadamente dois mil anos.

Francisco imprime em seu papado uma visão moderna de mundo e de religiosidade. Decidido a abrir várias frentes para reformar a igreja, o Papa aplica um novo estilo de gestão, mais próximo dos fiéis e seguindo de perto tudo o que ocorre no mundo. Este grande líder está causando uma revolução no catolicismo, muitas vezes indo contra os interesses de influentes membros da alta Cúria Romana e não fugindo dos confrontos necessários ao exercício do cargo.

Não é minha pretensão discutir o tema religioso, mas tentar decifrar os motivos que levam o Papa Francisco a exercer tanto fascínio no seu rebanho e naqueles que não seguem a sua religião. Ao entendermos as características terrenas que lhe conferem tamanha liderança, podemos nos apossar destes conceitos para nos tornamos lideres farmacêuticos melhores. Tenho 15 anos de experiência com liderança no mercado farmacêutico e agora compartilho as 3 lições do Papa Francisco que contribuíram para a minha evolução profissional.

01. Lidere com humildade

Segundo o próprio Papa, “se conseguirmos desenvolver uma atitude verdadeiramente humilde, poderemos mudar o mundo”. Eis aqui um dos principais ensinamentos de Francisco para todos que pretendem assumir a postura de líder na profissão farmacêutica, a atitude verdadeiramente humilde. Na prática da liderança é preciso mostrar, de forma clara, que o líder não está acima, mas sim junto dos subordinados.

A prática da humildade quebra todas as barreiras de comunicação entre o líder e o liderado, proporcionando uma conivência transparente e maior assertividade nas tomadas de decisões. Mas não confunda esta prática com a falta de autoridade. Pelo contrário, a conivência “de igual para igual” é a que permite o maior exercício da autoridade delegada pelo cargo, pois a proximidade com os subordinados permite que os feedbacks negativos sejam francos e desprovidos de qualquer maquiagem corporativa.

Uma velha dificuldade do exercício da farmácia na área de varejo me vem à mente: Quantas vezes a relação de liderança farmacêutico-balconista é perdida por causa de conflitos relacionados à experiência profissional? Quantos farmacêuticos deixam de exercer a real liderança nessa carreira porque os balconistas de sua farmácia julgam saber mais que o farmacêutico e criam um clima de competitividade? Ao se colocar nessa situação, Bergoglio não hesitaria em expor suas fragilidades profissionais, devido à pouca experiência na prática profissional. Ele mostraria todo sua competência e arsenal teórico, deixando claro que a prática seria adquirida com o tempo e que estava ali para liderar, contribuir e fazer com que todos cresçam, como equipe. Para o Bispo de Roma, “ninguém vence sozinho, nem no campo, nem na vida!”

2. Faça da sua organização um hospital de campanha

Gosto muito dessa analogia feita por Francisco: a igreja, assim como um hospital de campanha, deve primeiro curar as feridas e depois, se necessário, tentar entender a causa das mesmas. No exercício da liderança farmacêutica, precisamos exercer este mesmo raciocínio, procurando sanar todos os conflitos que por ventura apareçam no coração de nossa equipe, sem perder tempo com julgamentos e investigações de culpados para os percalços corporativos. Francisco afirma “tenha amor e sua vida será como uma casa construída na rocha”. Neste momento, ele prega o que hoje chamamos de liderança positiva, fundamentada nos ensinamentos da psicologia positiva. Essa é uma nova abordagem, cientificamente comprovada, com o potencial de alavancar resultados dentro de um contexto empresarial.

Um líder farmacêutico positivo estimula o desenvolvimento dos colaboradores e energiza o ambiente de trabalho, por meio da inspiração e motivação, engajando e florescendo a sua equipe para que ela seja mais comprometida e produtiva. É impossível conviver profissionalmente com alguém que vive a procurar culpados. Este tipo de líder valoriza a punição em detrimento da construção de uma solução que traga harmonia para toda a equipe. Na indústria farmacêutica muitas brigas, improdutivas, entre gerencias de controle de qualidade, produção e PCP poderiam ser evitadas se fizéssemos da nossa fábrica um hospital aos moldes daquele idealizado pelo Papa.

3. Coragem para assumir desafios

Uma das principais proezas do mais novo sucessor de Pedro foi ter unido, nos jardins do Vaticano, o Patriarca Bartolomeu I (principal bispo da Igreja Ortodoxa) com os presidentes de Israel, Shimon Peres, e da Palestina, Mammoud Abbas, para uma oração pela paz no Oriente Médio e no mundo. Naquele momento, Francisco mostrou que a paz está acima de qualquer crença política ou religiosa, e, acima de tudo, mostrou ter a coragem dos protagonistas, não se furtando a encarar grandes desafios e superá-los. Francisco poderia não correr o risco de patrocinar tamanho arranjo político, mas grandes líderes são revelados pelo quilate de suas conquistas.

Da mesma forma, como farmacêuticos, não podemos nos furtar dos grandes desafios profissionais, capazes de verdadeiramente alavancar o status da Farmácia Brasileira. Quais farmácias são hoje autênticos estabelecimentos de atenção primária à saúde? Quantos consultórios farmacêuticos temos no país? Quais farmacêuticos estão atuando na farmácia estética? Quais farmácias se tornarão referência em imunização? Quais indústrias nacionais lançarão medicamentos inovadores? Quais hospitais serão referências em farmácia clínica?

Na minha visão mundana, enxergo que o atual Papa subiu o sarrafo na liderança internacional, ofuscou líderes políticos tradicionais e é hoje uma das lideranças mais influentes do mundo. Precisamos nos inspirar em seu exemplo e encarar metas profissionais realmente ousadas, capazes de fazer a diferença em nossa vida, em nossa empresa e no nosso mercado. Com humildade, curando as feridas de nossos companheiros de profissão e encarando com coragem todos os desafios que nos são postos, me despeço com as palavras do Padre de Branco: “Deus dá as batalhas mais difíceis aos seus melhores soldados.” Fiquem com Deus!

* Professor do ICTQ (Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico), Bacharel em Farmácia, Administração de Empresas e Ciências Contábeis. Atua como consultor em gestão de varejo farmacêutico e é autor dos livros “Gestão Estratégica para Farmacêuticos” e “A Arte da Guerra para Farmacêuticos”.

               

 

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