A farmácia clínica moderna começa com o final da Segunda Guerra Mundial com o lançamento de diversos fármacos e a introdução de uma tecnologia farmacêutica de produção em larga escala. Com essa mudança, os farmacêuticos começam a repensar o currículo dos cursos de Farmácia, principalmente nos Estados Unidos. O eixo da profissão começa a mudar da manipulação para a assistência aos usuários.
O termo “Farmácia Clínica” adquiriu popularidade a partir da segunda metade da década de 1960 e a prática surgiu no ambiente hospitalar, onde existe supervisão contínua do paciente. A preocupação com o usuário de medicamentos surgiu, também, com uso indiscriminado da talidomida e as consequências nefastas que isso provocou, na mesma época. Começam a surgir nessa ocasião ciências como a farmacoepidemiologia e a farmacovigilância, que aumentam a segurança dos usuários.
No Brasil essa mudança não veio imediatamente, uma vez que a formação contemplava as áreas de análises clínicas, industrial ou de alimentos. As disciplinas clínicas, como a farmacologia clínica, farmacoterapia e semiologia, simplesmente inexistiam na prática, enquanto disciplinas como química orgânica, química analítica e físico-química dominavam o ciclo básico. Essa situação perdurou até as décadas de 1970 e 1980, quando farmacêuticos de hospitais-escola começaram a introduzir novas ferramentas de dispensação, como a dose unitária e as atividades clínicas, em suas rotinas de trabalho.
Em 1977 o professor Aleixo Prates foi convidado pelo reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, professor Domingos Gomes de Lima, para modernizar o Niquifar, laboratório-escola que funcionava nas dependências do curso de Farmácia, como campo de estágio para os alunos da habilitação em indústria. O objetivo era desenvolver um projeto que resultasse na completa reestruturação da farmácia do antigo Hospital das Clínicas, o que incluía a ampliação do laboratório de farmacotécnica magistral e a implantação de um serviço de farmácia clínica. Para viabilizar esse projeto, o professor Aleixo convidou alguns farmacêuticos e também alguns alunos do último período do curso de Farmácia, entre eles Tarcísio José Palhano.
O movimento da Farmácia Clínica ganha projeção através da utopia de um verdadeiro farmacêutico Dom Quixote, o professor Dr. Tarcísio José Palhano. Foi no Hospital das Clínicas da UFRN, em 15 de janeiro de 1979, que o primeiro Serviço de Farmácia Clínica no Brasil foi oficialmente implantado, conforme “Termo de Instalação”, lavrado, na ocasião, para documentar tão importante feito. Naquela mesma oportunidade, foi criado o primeiro Centro de Informação sobre Medicamentos (CIM) do Brasil, vinculado à Farmácia Clínica, visando, principalmente, a dar o suporte técnico-científico indispensável ao adequado desempenho das ações que passariam a ser executadas pelos farmacêuticos. A primeira informação fornecida, por escrito (contra-indicações do Trilergon em pacientes com enfermidade cardiovascular), data de 23 de janeiro de 1979.
Sim caro leitor, é isso mesmo que você leu, o nascimento da farmácia clínica no Brasil ocorreu no Rio Grande do Norte, e o Prof. Dr. Tarcísio José Palhano é um dos pioneiros, portanto qualquer novato de Curitiba – PR, não seria pai de coisa alguma relacionada.
Atualmente, o grande desafio da Farmácia Clinica está fundamentalmente em transportar os conceitos e ferramentas teóricas para o dia-a-dia do profissional, não somente nos hospitais mas também no varejo, passando pela mudança cultural dos próprios farmacêuticos, pela valorização da profissão perante a sociedade, os demais profissionais de saúde, e principalmente pelos administradores de sistemas de saúde e órgãos governamentais.
Em entrevista exclusiva ao Instituto de Pós-Graduação para o mercado Farmacêutico – ICTQ, o veterano Prof. Dr. Tarcísio José Palhano, mostra que a profissão farmacêutica vive um grande movimento, apesar dos constantes enfrentamentos com que lida para concretizar o sonho da consolidação da atuação clínica do farmacêutico.
ICTQ - Já é conhecido que o Sr. implantou primeiro serviço de Farmácia Clínica e o primeiro Centro de Informação sobre Medicamentos do Brasil. Como foi esta experiência e como ela evoluiu no decorrer dos anos?
Tarcísio José Palhano - Foi uma experiência desafiadora, até porque nem mesmo eu sabia o que era farmácia clínica. Iniciei prestando concurso para professor do curso de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Em seguida, fui para São Paulo, com o objetivo de ganhar experiência em farmácia hospitalar e aprender a conviver em equipe de saúde. Fui recebido, inicialmente, pelo professor José Silvio Cimino, diretor da farmácia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, à época, a maior expressão da Farmácia Hospitalar no Brasil. Depois, pelo Dr. George Washington Bezerra da Cunha, diretor técnico da farmácia do Instituto do Coração (Incor), onde permaneci por cerca de cinco meses. As atividades que lá desenvolvi, como participação em sessões clínicas no grupo de válvula, elaboração de textos sobre medicamentos, aconselhamento ao paciente ambulatorial sobre o uso de medicamentos, etc, muito me ajudaram nessa etapa inicial de formação, em 1978. Depois, fui para o Chile, onde me especializei em farmácia clínica, tendo a professora Inés Ruiz como orientadora.
Em janeiro de 1979, retornei para Natal, juntamente com a professora Inés, que, na condição de professora visitante, nos ajudaria no processo de implantação do serviço. Foi assim que, em 15 de janeiro de 1979, tive a honra de implantar o primeiro serviço de Farmácia Clínica do Brasil e o primeiro Centro de Informação sobre Medicamentos (CIM), ambos no Hospital das Clínicas da UFRN, hoje, Hospital Universitário Onofre Lopes. Desde então, passei a chefiar os dois serviços.
Como a professora Inés ficaria em Natal por apenas três meses, tratei de constituir uma equipe. Inicialmente, convidei Lúcia Costa, que depois ficou mais conhecida como Lúcia Noblat, e Ivonete Araújo, ambas colegas de turma, a respeito das quais tinha as melhores impressões, pela convivência que tivemos durante os quatro anos de curso de Farmácia. A ideia era aproveitar o máximo possível a presença da professora Inés entre nós. No mesmo ano, as duas foram encaminhadas para o Chile, onde também se especializaram em Farmácia Clínica.
A partir daí, começamos as nossas atividades clínicas, na quarta disciplina de clínica cirúrgica (IV DCC), com a Dra. Lúcia, pela abertura que nos foi dada pelo Dr. Onofre Lopes da Silva Jr., professor e cirurgião muito bem conceituado na instituição, e que chefiava a disciplina e a clínica, ao convidar-nos para integrar a sua equipe. Em seguida, a Dra. Ivonete foi incorporada à gastroenterologia, disciplina e serviço dirigidos pelo Dr. Carlos Fonseca. Por fim, eu me integrei à pneumologia, disciplina e serviço coordenados pelo Dr. Elmano Marques. Isto quer dizer que, ao longo do ano da implantação, nos integramos completamente a três diferentes serviços e às suas equipes, e passamos a desenvolver as nossas ações de farmacêuticos clínicos. Ao mesmo tempo, éramos responsáveis pelo fornecimento de informações, sempre que demandados, e na medida da disponibilidade dos parcos recursos bibliográficos de que dispúnhamos em nosso CIM.
Passados dois anos da implantação, decidimos abrir as portas para que profissionais de outros estados, de outros serviços, pudessem nos visitar e, assim, conhecer e avaliar aquilo que estávamos fazendo. Foi assim que, em 1981, realizamos o 1º Seminário Brasileiro de Farmácia Clínica, do qual participaram 111 professores, farmacêuticos e estudantes de 14 estados brasileiros. Também participaram desse evento dois consultores internacionais em Farmácia Clínica: o Dr. Juan Robayo, da Universidade de Oklahoma, e o Dr. Thomas Moore, da Universidade da Carolina do Norte, ambas nos Estados Unidos da América. Isso só foi possível graças a um convênio que existia entre o Ministério da Educação e o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o BID. Os dois consultores tinham a missão de avaliar o nosso desempenho como farmacêuticos clínicos. Como a avaliação em geral, inclusive deles, foi muito favorável, nos sentimos estimulados a realizar outro evento, também de âmbito nacional. Passados outros dois anos, em 1983, ministramos o 1º Curso Brasileiro de Farmácia Clínica, que contou com a participação de 18 farmacêuticos, de 7 estados brasileiros.
Em 1984, fizemos algumas alterações no currículo do curso de Farmácia da UFRN, as quais foram implementadas a partir de 1986. As principais mudanças consistiram no aumento da carga horária do Estágio Supervisionado Farmacêutico, que passou de 45 para 360 horas, e a criação da disciplina Farmacologia Aplicada, com 120 horas. Essas mudanças despertaram nos estudantes o interesse pela área clínica, uma vez que possibilitaram uma sensível ampliação nos conhecimentos a respeito de muitas doenças e seus respectivos tratamentos, fundamentais para um adequado desempenho no estágio, que vinha logo a seguir, e que era essencialmente direcionado para o acompanhamento de pacientes hospitalizados, isto é, para a efetiva prática da Farmácia Clínica.
O exercício da Farmácia Clínica nos trouxe importantes avanços e conquistas, entre os quais destaco o convite do Ministério da Saúde para sediarmos, em Natal, cursos de especialização em farmácia hospitalar para o controle de infecção hospitalar, atividade ainda incipiente no país, em relação à participação de farmacêuticos, uma vez que havia absoluta carência de formação nessa área. Foram oito edições, de 1985 a 1992. Participaram desses cursos 191 farmacêuticos dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal. Posso dizer, sem qualquer sentimento de arrogância, que esses cursos, além de mudar a história da farmácia hospitalar no Brasil, despertaram, em muitos dos participantes, o interesse pela Farmácia Clínica, parte integrante do programa. Não saberia precisar quantos farmacêuticos se especializaram nessa área e passaram a ser multiplicadores, seja como docentes, formando novas gerações de farmacêuticos clínicos, seja como farmacêuticos, atuando em serviços clínicos por todo o país.
Participamos de centenas de eventos por todo o Brasil, e em 16 países. Foram conferências, palestras, aulas, cursos, mesas-redondas, etc, com o grande objetivo de divulgar a Farmácia Clínica e estimular outros colegas a enveredar por essa área.
Desenvolvemos atividades docentes para estudantes dos cursos de Medicina, Enfermagem, Nutrição e Odontologia da nossa universidade, sempre na perspectiva de divulgar as atribuições clínicas do farmacêutico e fomentar o interesse pelo trabalho em equipe.
Em 1995, tive a honra de coordenar o primeiro concurso sobre aconselhamento ao paciente realizado no Brasil, atividade inexistente nos currículos dos cursos de farmácia do País. Foram muitas outras ações e atividades desenvolvidas por nossa equipe durante todos esses anos. Elas produziram incontáveis bons frutos. E é isso que nos dá a certeza do dever cumprido.
ICTQ - Quais foram as principais transformações que o Sr. viu acontecer, especialmente na Farmácia Clínica no Brasil?
Tarcísio José Palhano - Eu gostaria que a evolução tivesse sido muito mais rápida, mas isso não aconteceu. O exercício da farmácia clínica requer muitos, especializados e profundos conhecimentos, além de um ambiente de equipe e de uma estrutura de serviço que possibilite ao farmacêutico não estar envolvido com atividades administrativas e/ou burocráticas, de modo a poder se dedicar por inteiro à prática das atribuições clínicas. Felizmente, a partir de 2012, com as mudanças ocorridas no Conselho Federal de Farmácia, a farmácia clínica passou a ser item prioritário na pauta da nova diretoria, sob a Presidência do Dr. Walter da Silva Jorge João. Em junho daquele mesmo ano, o CFF realizou a 1ª Oficina sobre Serviços Farmacêuticos em Farmácias Comunitárias. Participaram daquele evento cerca de 40 profissionais, entre professores de diversas universidades do país, ligados à área clínica, farmacêuticos, representantes de sociedades e associações profissionais e científicas, representantes de órgãos públicos, entre outros. Posso assegurar que esse foi o primeiro de tantos outros eventos que se seguiram e de tantas ações desencadeadas pelo CFF que alavancaram, definitivamente, de maneira irreversível, a farmácia clínica no Brasil.
ICTQ - Quais são as resoluções que amparam a farmácia clínica no país
Tarcísio José Palhano - De uma maneira muito resumida, destaco as resoluções nº 585 e nº 586, ambas de 2013, que dispõem, respectivamente, sobre as atribuições clínicas do farmacêutico e sobre a prescrição farmacêutica. A elaboração dessas resoluções contou com as participações de assessores técnicos e da Presidência do CFF, além, é claro, das comissões e grupos de trabalho afins, e de outros setores envolvidos com a construção de todas as resoluções daquele órgão. Tivemos, ainda, a competente ajuda de uma equipe de consultores ad hoc, especialistas na área clínica, de várias universidades do país, formada a partir da elaboração do relatório da 1ª oficina, antes mencionada.
ICTQ - O senhor pode ressaltar as principais atribuições clínicas do farmacêutico?
Tarcísio José Palhano - Até como forma de demonstrar o total comprometimento da diretoria do CFF com a área clínica, foi criado o Profar, que é o Programa de Suporte ao Cuidado Farmacêutico na Atenção à Saúde. Uma das primeiras ações do Profar constou da elaboração do manual “Serviços farmacêuticos diretamente destinados ao paciente, à família e à comunidade – contextualização e arcabouço conceitual”, documento norteador do programa. Desse manual constam alguns serviços que podem ser disponibilizados nos diferentes lugares de trabalho do farmacêutico, no Brasil, incluindo a farmácia comunitária. Sob essa perspectiva, e sem a pretensão de esgotar o tema, os serviços elencados foram: rastreamento em saúde, educação em saúde, dispensação, manejo de problemas de saúde autolimitados, monitorização terapêutica de medicamentos, conciliação de medicamentos, revisão da farmacoterapia, gestão da condição de saúde e acompanhamento farmacoterapêutico. Isto quer dizer que, ao prestar qualquer um desses serviços, o farmacêutico estará desempenhando atribuições clínicas, sejam elas dirigidas ao paciente, sejam dirigidas à família, sejam dirigidas à comunidade.
ICTQ – O Sr. atualmente é presidente da Sociedade Brasileira de Farmácia Clínica no Brasil. Qual é o propósito da SBFC? Como ela pode contribuir na evolução dos profissionais e dos serviços farmacêuticos?
Tarcísio José Palhano - A Sociedade Brasileira de Farmácia Clínica (SBFC) foi criada em fevereiro de 2017, especialmente para agregar professores e farmacêuticos que atuam na área clínica. Naquela ocasião, eu recebi dos colegas a honrosa missão de ser o seu primeiro presidente. A nossa primeira ação foi produzir um documentário sobre a origem da farmácia clínica no Brasil, lançado em novembro passado, em Foz do Iguaçu, durante o I Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas. Desde então, ele tem sido apresentado em diversos outros eventos, sempre na perspectiva de que seja melhor conhecida a verdadeira história da farmácia clínica no Brasil, bem como de estimular novos farmacêuticos a enveredar por esta área. Para este ano de 2018, está previsto o lançamento de um livro com o mesmo título do documentário.
Também fazem parte da nossa pauta, a criação das regionais, a participação e realização de eventos, a certificação e o credenciamento de cursos, a prova de título de especialista, o lançamento de artigos basilares sobre a farmácia clínica, entre outros. Estamos confiantes e esperamos que, em fevereiro de 2019, a nova diretoria receba uma sociedade bem estruturada, bem organizada e em condições de crescer e de se consolidar, cada vez mais, como uma entidade madura, apesar de jovem, que bem represente e conduza o segmento da farmácia clínica no Brasil.
ICTQ - Qual é a leitura que o Sr. faz com relação a redes de farmácias fazerem uso dos serviços clínicos farmacêuticos para ampliarem suas atuações no mercado?
Tarcísio José Palhano - Partindo da premissa de que, com o advento da Lei nº 13021/2014, a farmácia passou a ser considerada um estabelecimento de saúde, acredito ser o lugar que oferece mais oportunidades, mais possibilidades, de o farmacêutico prestar serviços clínicos à população. A capilaridade desses estabelecimentos, por todos os rincões do País, nos credencia a pensar assim.
Como profissionais da saúde, devemos pensar, antes de mais nada, em acolher bem aqueles que nos procuram e disponibilizar serviços clínicos para o indivíduo, a família e a comunidade, pois é para isso que nós existimos. O nosso foco é prevenir doenças e promover a saúde e o bem-estar da população.
ICTQ - Qual é a sua mensagem para os novos farmacêuticos que querem desenvolver suas carreiras na área clínica?
Tarcísio José Palhano - Antes de mais nada, que se filiem à Sociedade Brasileira de Farmácia Clínica, pois será ela que irá nortear a prática da farmácia clínica no Brasil. Depois, que procurem se certificar se a clínica é mesmo a área da Farmácia que pretendem abraçar. E, se assim o for, que estudem muito e se dediquem bastante, por inteiro, pois se trata de uma atividade muito nobre, que exige muita dedicação. E é por isso mesmo que, sem qualquer demérito às demais áreas de atuação do farmacêutico, é a que mais gratifica o profissional.
Mais sobre o Dr. Tarcísio Palhano
Tarcísio José Palhano é farmacêutico-bioquímico, formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em 1977. Professor-adjunto aposentado das disciplinas farmácia clínica, farmacologia aplicada, estágio supervisionado farmacêutico e deontologia e legislação farmacêutica, no curso de Farmácia, da mesma universidade (1978-2012). Especialista em Farmácia Clínica pela Universidad de Chile, tendo realizado estágios em farmácias hospitalares de diversos hospitais da França. Implantou o 1º Serviço de Farmácia Clínica e o 1º Centro de Informação sobre Medicamentos (CIM) do Brasil, no Hospital das Clínicas, atual Hospital Universitário Onofre Lopes, em Natal/RN, em 1979. Foi consultor de várias instituições de saúde do Brasil e integrante de muitas comissões nacionais, na área farmacêutica. Coautor de várias publicações do Ministério da Saúde (MS), da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e do Conselho Federal de Farmácia (CFF), sobre farmácia hospitalar e farmácia clínica, disponível no link “https://goo.gl/UBSTP4”. Revisor técnico e tradutor de importantes publicações do CFF. Prefaciador de vários livros. Assessor da Presidência do Conselho Federal de Farmácia, desde 2004. Coordenador técnico-científico do Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos (Cebrim) - CFF. Presidente da Sociedade Brasileira de Farmacêuticos Clínicos (SBFC). Diretor de Educação da Associação Brasileira de Educação Farmacêutica (ABEF). Representante do Brasil no Grupo Consultivo do Programa Internacional de Serviços da ACPE (Acreditation Council for Pharmacy Education) Conselho de Acreditação para Educação Farmacêutica, com sede em Chicago, Illinois - USA. Acadêmico Titular da Academia Nacional de Farmácia - Academia Brasileira de Ciências Farmacêuticas, ocupando a Cadeira nº54. E já recebeu 47 homenagens entre prêmios e títulos honoríficos.
Palhano também participou de um documentário (assista no link: “https://goo.gl/nf6ydW) lançado em novembro de 2017, durante o I Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas, o documentário “Origem da farmácia clínica no Brasil”, é uma produção conjunta da Sociedade Brasileira de Farmácia Clínica (SBFC), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e do Conselho Federal de Farmácia (CFF). O lançamento aconteceu durante a abertura do III ENEFEC – Encontro Nacional de Educadores em Farmácia Clínica, no Rafain Hotel, Foz do Iguaçu (PR).
O documentário resgata a história do primeiro serviço de Farmácia Clínica e do primeiro centro de informação sobre medicamentos (CIM) do país, implantado no antigo Hospital das Clínicas da UFRN, atual Hospital Universitário Onofre Lopes, pelo farmacêutico e professor Tarciso José Palhano. A proposta partiu de professores do curso de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) à época, e constitui a primeira ação da Sociedade Brasileira de Farmácia Clínica (SBFC), recentemente criada, de cuja diretoria fazem parte os três professores pioneiros da farmácia clínica no Brasil.
Tarcísio Palhano, trabalhou ao lado das farmacêuticas e professoras Lúcia de Araújo Costa Beisl Noblat e Ivonete Batista de Araújo, e disse que o documentário vem preencher uma lacuna na história da Farmácia brasileira, promover o reconhecimento da UFRN como cenário do processo de um serviço que contribuiu para aperfeiçoar o cuidado em saúde para a população, além de divulgar a importância da Farmácia Clínica como um modelo de cuidado essencial à qualidade da atenção em saúde. “Formalizamos os registros das informações sobre a farmácia clínica brasileira, destacando o trabalho pioneiro das equipes de professores e servidores como protagonistas dessa iniciativa. Essa é uma obra que servirá de pesquisa para acadêmicos e profissionais”, comenta.