Setor de genéricos mantém crescimento de dois dígitos

A Sandoz no Brasil é a única empresa do Grupo com uma fábrica para produção de medicamentos na América Latina, embora atue comercialmente em todo o continente. Para entender sua força, vale citar que 90% de sua capacidade produtiva abastecem o mercado local e 10% o mercado global, com exportações para países da Europa e Américas do Sul e Central. Com aumento real de vendas de 40% em 2015, quando comparado ao ano anterior, a empresa utiliza tecnologias de ponta na produção dos genéricos, o que permite uma projeção para 2016 de crescimento de dois dígitos no volume de comprimidos produzidos. Quem fala sobre o tema, com exclusividade para o ICTQ, é o diretor-geral da fábrica da Sandoz, João Keller.

ICTQ - Quais são os novos projetos de expansão e dinamização produtiva do laboratório?

João Keller - A Sandoz dobrou os investimentos na fábrica em 2015, promovendo melhorias para o aumento de sua capacidade produtiva e pretende seguir investindo no crescimento da planta de Cambé (PR) nos próximos anos.

ICTQ - Quais produtos estão sendo fabricados na planta?

João Keller - O foco da fábrica de Cambé, como parte do complexo produtivo da Sandoz no mundo, é a produção de orais sólidos e hormônios. Dentre as moléculas produzidas no site, o destaque é a Sinvastatina. Lançado em 2009, é indicado para o controle do colesterol e líder de mercado. A molécula destaque de exportação em 2014 foi o Atenolol, indicado para doenças cardiovasculares. Outro destaque é a linha de contraceptivos genéricos. A Sandoz possui o maior portfólio comercializado neste segmento no Brasil e é o único centro global de produção de hormônios da companhia.

ICTQ - Há quanto tempo ela está operando?

João Keller - A planta da Sandoz do Brasil foi inaugurada em 2004 como Hexal. Em 2005, passou a integrar a rede global de 45 sites produtivos da Sandoz. A fábrica brasileira é a única da empresa na América Latina, sendo que 90% de sua capacidade produtiva abastecem o mercado local e 10% o mercado global com exportações para países da Europa e Américas do Sul e Central.

ICTQ - Qual a média de produção mensal?

João Keller - No último ano, a Sandoz registrou aumento real de vendas de 40%, quando comparado com 2014. Também no mesmo período, o volume de comprimidos produzidos cresceu acima de 20%.

ICTQ - Que tipo de tecnologia de ponta está implementada no local?

João Keller - Dentre as tecnologias de ponta na produção dos genéricos, a Sandoz se destaca em alguns pontos, como o novo sistema de pesagem com receita eletrônica (sem papel), sistema de granulação de alto torque com transferência a vácuo, um novo equipamento de revestidora e novas linhas de embalagens, com sistema de selagem contínua. A alimentação é automática, evitando assim o contato humano com o comprimido.

ICTQ - Qual a característica principal de inovação utilizada?

João Keller - Um dos destaques da planta é a produção de hormônios contraceptivos. A Sandoz é referência nessa área, sendo que sua fábrica no Brasil é o único centro global da companhia de produção dessa linha de medicamentos. O País tem a maior linha de contraceptivos genéricos comercializada, e que foi ampliada pelo lançamento da combinação de dois medicamentos, o desogestrel e o etinilestradinol, no último ano.

ICTQ - Essa tecnologia é nacional ou foi importada?

João Keller - Importada, desenvolvida pelo Grupo, com origem na Alemanha e na Suíça.

ICTQ - Por que a escolha dessa tecnologia?

João Keller - Porque são fornecedores globais que já atendem à maioria das fábricas do Grupo Novartis, além de serem os melhores equipamentos aliados com as melhores tecnologias. Outro ponto importante no que diz respeito aos equipamentos importados é a padronização, uma vez que os colaboradores da Sandoz já possuem conhecimento sobre determinados equipamentos.

ICTQ - Quais os próximos investimentos da empresa em inovação e desenvolvimento tecnológicos?

João Keller - Para um futuro próximo, a Sandoz irá implementar uma nova linha de embalagem com o propósito de 300 cartuchos por minuto, além do sistema de rastreabilidade de medicamentos que precisa ser implementado devido à nova legislação. Os investimentos na linha produtiva são sempre buscando qualidade e segurança, garantindo o manuseio seguro para os pacientes e os colaboradores.

Além disso, a empresa possui alto padrão de gerenciamento de risco no transporte e logística dos seus produtos, garantindo eficácia, segurança e qualidade.

ICTQ - Qual o faturamento total do laboratório?

João Keller - O Grupo Novartis tem se firmado como líder entre as multinacionais, com vendas anuais sólidas acima de R$ 3 bilhões no Brasil. A Sandoz fechou o ano de 2014 com vendas em US$ 9,5 bilhões no mundo.

ICTQ - E quais as perspectivas de crescimento?

João Keller - A projeção para 2016 é que a fábrica siga com o crescimento de dois dígitos no volume de comprimidos produzidos.

ICTQ - Como o senhor avalia o setor industrial farmacêutico em 2015?

João Keller - Embora 2015 tenha sido um ano cauteloso para diferentes áreas da economia, a Sandoz registrou expressivo aumento no período. O mercado de genéricos apresentou bom crescimento e as vendas desses medicamentos impulsionaram o faturamento da indústria farmacêutica brasileira.

ICTQ - Quais as previsões para o setor em 2016?

João Keller - Apesar do cenário econômico, acredito que o setor de genéricos mantenha o crescimento de dois dígitos. Ainda existe um caminho para conscientização e entendimento do que significa o genérico para os pacientes.

O Brasil já amadureceu em questões de produção e legislação, mas ainda temos muito trabalho a fazer, assim como nos outros países.

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